EUA atualizam acordo de tecnologia com China
O acordo de tecnologia e ciência entre EUA e China foi revisado para reforçar a segurança nacional, excluindo setores críticos como inteligência artificial e computação quântica, evidenciando a intensificação da rivalidade tecnológica entre as duas nações.
O acordo entre EUA e China foi atualizado para refletir a crescente rivalidade tecnológica. Assinado após meses de negociação, o novo pacto possui um escopo mais restrito e salvaguardas adicionais para minimizar riscos à segurança nacional.
Impactos na segurança e interesses nacionais
A atualização do acordo de ciência e tecnologia entre EUA e China reflete a preocupação crescente com a segurança nacional e a proteção de interesses estratégicos.
Com um escopo mais restrito, o novo pacto busca salvaguardar a propriedade intelectual e estabelecer barreiras que garantam a segurança dos pesquisadores envolvidos.
O Departamento de Estado dos EUA destacou que a revisão do acordo visa proteger a segurança dos pesquisadores, além de promover a transparência e a reciprocidade de dados.
Tais medidas são fundamentais para mitigar riscos associados ao compartilhamento de informações sensíveis que poderiam ser exploradas em detrimento dos interesses nacionais dos Estados Unidos.
Além disso, o acordo atualizado não abrange o desenvolvimento de tecnologias críticas e emergentes, como inteligência artificial e computação quântica, consideradas vitais para a supremacia econômica e militar.
Essa exclusão demonstra uma estratégia clara para evitar que a China ganhe vantagem competitiva em áreas tecnológicas de ponta.
O cenário de rivalidade tecnológica entre as duas potências também influenciou a decisão dos EUA de restringir exportações de chips avançados para a China, bem como limitar investimentos americanos em tecnologias que possam fortalecer as capacidades militares chinesas.
Esses movimentos indicam uma postura cautelosa e estratégica na cooperação científica e tecnológica entre os países.
Histórico e evolução do acordo
O acordo de ciência e tecnologia entre os Estados Unidos e a China teve início em janeiro de 1979, marcando o estabelecimento de laços diplomáticos entre as duas nações. Naquela época, o objetivo principal era contrabalançar a influência da União Soviética, enquanto a China buscava se aproximar do Ocidente para avançar em seu desenvolvimento científico e tecnológico.
Desde então, o acordo passou por várias renovações e adaptações para se alinhar às mudanças nas relações bilaterais e ao crescimento da China como uma potência tecnológica. A última extensão completa do acordo aconteceu em 2018, com prorrogações temporárias nos anos seguintes para permitir negociações mais aprofundadas.
A evolução do acordo reflete a transformação da China de uma nação em desenvolvimento para um ator global significativo no campo da ciência e tecnologia. Essa mudança gerou preocupações nos Estados Unidos sobre a transferência de conhecimento científico e técnico que poderia fortalecer o poderio militar e econômico chinês.
Com a atualização recente, o acordo agora possui um escopo mais limitado e inclui salvaguardas adicionais para proteger os interesses dos EUA. A extensão por mais cinco anos visa garantir que a colaboração científica continue, apesar das tensões crescentes entre as duas potências, permitindo que ambos os países colham benefícios mútuos em áreas de pesquisa não críticas.