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Senado aprova tributação mínima de 15% sobre lucros das multinacionais

A nova legislação no Brasil estabelece uma tributação mínima de 15% sobre os lucros das multinacionais, em conformidade com as Regras GloBE, com o objetivo de combater a erosão da base tributária e promover uma maior equidade fiscal no país.

Aprovada no Senado a tributação mínima de 15% sobre o lucro de multinacionais, buscando evitar erosão tributária e alinhamento às Regras GloBE. A medida segue para sanção presidencial.

Impacto da nova tributação sobre multinacionais

A aprovação da tributação mínima de 15% sobre o lucro de multinacionais no Senado representa um passo significativo para o Brasil em termos de política fiscal internacional.

Essa medida visa garantir que grandes grupos empresariais paguem uma alíquota efetiva mínima, evitando a erosão da base tributária nacional.

Com a nova regra, as multinacionais que operam no Brasil e possuem receita anual consolidada superior a 750 milhões de euros serão impactadas.

Isso inclui a necessidade de adequar suas estratégias fiscais para cumprir com a exigência de uma contribuição adicional à Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL).

O senador Alan Rick destacou que a adoção dessa tributação é crucial para evitar que a renda subtributada gerada no Brasil seja capturada por outras jurisdições mais rigorosas.

Ele enfatizou que cerca de 36 países já implementaram regras semelhantes, com mais de vinte planejando adotá-las em 2025, o que coloca o Brasil em alinhamento com práticas fiscais internacionais.

Além disso, a medida pode gerar um aumento significativo na arrecadação tributária, estimado em bilhões de reais nos próximos anos.

Esse montante poderá ser reinvestido em áreas prioritárias para o desenvolvimento do país, fortalecendo a economia nacional.

Alinhamento do Brasil às Regras GloBE

O alinhamento do Brasil às Regras GloBE representa um compromisso com a harmonização fiscal internacional, visando evitar a concorrência desleal entre países por meio de práticas de subtributação.

As Regras GloBE, desenvolvidas pela OCDE e pelo G20, estabelecem uma base mínima de tributação global para multinacionais.

Com a aprovação da tributação mínima de 15% sobre o lucro de multinacionais, o Brasil se junta a um grupo de países que já implementaram ou estão em processo de implementação dessas regras.

Essa adesão é vista como um passo crucial para garantir que as multinacionais contribuam de forma justa para a economia local, evitando que suas operações sejam deslocadas para jurisdições com tributação mais baixa.

O senador Alan Rick ressaltou que, sem essa adequação, o Brasil correria o risco de perder receitas significativas para países que já adotaram as Regras GloBE.

Ele destacou que a medida também protege as empresas brasileiras, ao criar um ambiente de negócios mais equitativo e previsível.

Além disso, o alinhamento às Regras GloBE fortalece a posição do Brasil nas negociações internacionais, demonstrando um compromisso com a transparência e a cooperação fiscal.

Essa postura pode atrair investimentos estrangeiros, ao proporcionar um ambiente econômico estável e confiável.

Thiago Neves

Colunista no segmento Economia e Negócios | Thiago Neves é economista, analista de mercado e especialista em finanças corporativas, com quase duas décadas de experiência traduzindo cenários econômicos globais em estratégias para negócios.

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