Instrumento Lunar LMS Explora o Interior da Lua
A missão lunar LMS, desenvolvida pelo SwRI e programada para lançamento em 15 de janeiro de 2025, faz parte da iniciativa CLPS da NASA e tem como objetivo explorar o manto lunar, medindo campos elétricos e magnéticos na Bacia de Mare Crisium, para fornecer dados sobre a composição e evolução da Lua.
O instrumento lunar LMS, desenvolvido pelo Southwest Research Institute, será o primeiro a tocar a superfície lunar. Lançado em 15 de janeiro de 2025, ele medirá campos elétricos e magnéticos para caracterizar a estrutura e composição do manto lunar, sendo parte de uma missão de 14 dias para explorar o interior da Lua.
Desenvolvimento e Lançamento do LMS
O desenvolvimento do instrumento lunar LMS foi liderado pelo Southwest Research Institute (SwRI), em colaboração com a NASA e outras entidades. O objetivo principal do LMS é analisar a composição e estrutura do manto lunar através da medição de campos elétricos e magnéticos. Este projeto faz parte da iniciativa Commercial Lunar Payload Services (CLPS) da NASA, que visa incentivar o crescimento da indústria espacial e apoiar a exploração lunar a longo prazo.
O LMS será transportado para a Lua a bordo do módulo lunar Blue Ghost, desenvolvido pela Firefly Aerospace. O lançamento está programado para 15 de janeiro de 2025, marcando a primeira vez que um instrumento do SwRI tocará a superfície lunar. A missão tem duração prevista de 14 dias, durante os quais o LMS realizará medições geofísicas em um local previamente inexplorado da Lua.
O instrumento é composto por cinco subsistemas individuais, incluindo um magnetômetro fornecido pelo Goddard Space Flight Center, e um mastro e eletrodos fornecidos pela Heliospace Corp. Esses componentes trabalham em conjunto para medir a condutividade elétrica do solo lunar, fornecendo informações valiosas sobre a temperatura e composição dos materiais subterrâneos.
Importância Científica da Missão Lunar
A missão lunar com o instrumento lunar LMS possui uma importância científica significativa, pois oferece a oportunidade de explorar o manto lunar de maneira inédita.
O uso da técnica de magnetotelúrica, que mede variações naturais nos campos elétricos e magnéticos da superfície, permite que os cientistas investiguem a condutividade elétrica e a estrutura interna da Lua até profundidades de 700 milhas, ou dois terços do raio lunar.
Essas medições são cruciais para entender a diferenciação dos materiais e a história térmica da Lua, aspectos fundamentais para compreender a evolução dos corpos celestes sólidos.
A missão também pode revelar informações sobre a composição e estrutura do manto lunar, contribuindo para o conhecimento sobre a formação e o desenvolvimento do nosso satélite natural.
Além disso, a missão LMS se destaca por fornecer as primeiras medições geofísicas representativas de grande parte da Lua, especialmente em áreas menos exploradas como a Bacia de Mare Crisium.
Este local, uma antiga bacia de impacto que foi preenchida por lava, oferece um ponto de vista único para estudar a Lua, complementando dados de missões anteriores que se concentraram em regiões de lava interligadas no lado oeste do satélite.