Legislação e Normas Industriais

Lula sanciona lei para acelerar transição energética

Lula sancionou a lei do Paten, que visa impulsionar a transição energética no Brasil, ao mesmo tempo em que vetou artigos que poderiam prejudicar as metas climáticas e os investimentos sustentáveis.

A transição energética no Brasil recebe um novo impulso com a sanção da lei do Programa de Aceleração da Transição Energética (Paten) pelo presidente Lula. A legislação, que inclui incentivos para substituir matrizes poluentes por fontes renováveis, foi aprovada com três vetos.

Incentivos e objetivos do Paten

O Programa de Aceleração da Transição Energética (Paten) visa fomentar o uso de fontes renováveis, substituindo matrizes energéticas poluentes.

Entre seus principais objetivos estão o financiamento de projetos de desenvolvimento sustentável e a promoção do uso eficiente de energia de baixo carbono.

O Paten pretende facilitar a aproximação entre financiadores e empresas interessadas, utilizando créditos de pessoas jurídicas junto à União como forma de financiamento.

Além disso, busca promover projetos que contribuam para a redução de gases de efeito estufa.

Os recursos do programa destinam-se a projetos de infraestrutura, pesquisa e inovação tecnológica com benefícios socioambientais.

Empresas participantes podem acessar o Fundo Nacional sobre Mudança do Clima (FNMC) e negociar dívidas com a União, desde que invistam em sustentabilidade.

Vetos presidenciais e suas justificativas

O presidente Lula sancionou a lei do Paten com três vetos significativos. O primeiro veto envolveu o artigo que estendia os benefícios do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Indústria de Semicondutores (Padis) a acumuladores elétricos, devido à ausência de estimativa de impacto financeiro.

Outro veto foi aplicado ao artigo que previa a transferência de recursos não utilizados pelo Paten para a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE). O governo justificou que essa realocação poderia reduzir investimentos em pesquisa e desenvolvimento tecnológico, essenciais para a transição energética.

Por fim, Lula vetou o artigo que autorizava o uso de recursos do Fundo Nacional sobre Mudança do Clima em projetos de mobilidade logística, argumentando que isso contrariava o interesse público e as metas nacionais de redução de emissões de gases de efeito estufa.

Alberto Almeida Santos

Colunista no segmento Legislação e Normas Industriais | Alberto de Almeida Santos é jornalista investigativo, advogado e engenheiro, especialista em Legislação Empresarial, Compliance e Regulação Industrial, traduzindo normas e regulamentações em análises estratégicas para o setor produtivo.

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