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Dispositivos vestíveis preveem crises de DII com 7 semanas de antecedência

Dispositivos vestíveis, como o Fitbit, têm a capacidade de prever crises de Doença Inflamatória Intestinal (DII) com até 7 semanas de antecedência, ao monitorar sinais fisiológicos e utilizar inteligência artificial para melhorar as previsões de saúde.

Dispositivos vestíveis como Fitbit e Apple Watch podem prever crises de Doenças Inflamatórias Intestinais (DII) com até 7 semanas de antecedência, segundo estudo da Escola de Medicina Icahn no Monte Sinai. Essa inovação oferece a oportunidade de ajustar tratamentos preventivos antes que os sintomas se agravem.

Estudo revela previsão antecipada de crises de DII

Um estudo recente conduzido por pesquisadores da Escola de Medicina Icahn no Monte Sinai revelou que dispositivos vestíveis, como o Fitbit e o Apple Watch, podem prever crises de Doenças Inflamatórias Intestinais (DII) com até 7 semanas de antecedência.

Essa descoberta representa um avanço significativo no manejo dessas condições, que incluem a doença de Crohn e a colite ulcerativa.

Os dispositivos monitoram métricas fisiológicas, como a frequência cardíaca e a variabilidade da frequência cardíaca, que apresentam alterações significativas antes do início dos sintomas.

Além disso, outros parâmetros como o número de passos diários e a oxigenação do sangue, ou pulso ox, também são monitorados.

Com essa previsão antecipada, médicos e pacientes podem ajustar tratamentos e intervenções para mitigar os efeitos das crises antes que elas ocorram.

O estudo envolveu 309 participantes diagnosticados com DII, que usaram os dispositivos por pelo menos 8 horas diárias.

Os dados coletados indicaram mudanças nos sinais vitais semanas antes das crises, proporcionando uma janela de oportunidade para intervenções preventivas.

Uso de IA para aprimorar previsões de saúde

A utilização de inteligência artificial (IA) tem potencial para aprimorar significativamente as previsões de saúde em pacientes com Doenças Inflamatórias Intestinais (DII).

Pesquisadores do Monte Sinai estão desenvolvendo algoritmos de aprendizado profundo para identificar mudanças nos dados coletados por dispositivos vestíveis, determinando a probabilidade de uma crise iminente.

Esses algoritmos analisam padrões nos sinais fisiológicos, como frequência cardíaca e oxigenação do sangue, para prever flares de DII.

A IA oferece a capacidade de criar um sistema de alerta personalizado, permitindo que pacientes e médicos tomem medidas preventivas antes que os sintomas se manifestem.

Além das DII, esses métodos de IA podem ser aplicados a outras condições inflamatórias crônicas, como a artrite reumatoide, ampliando o alcance das previsões de saúde e melhorando a qualidade de vida dos pacientes.

Renata Figueiredo Maciel

Colunista no segmento Saúde, Segurança e Meio Ambiente (SSMA) | Renata Figueiredo Maciel é jornalista ambiental e bióloga, especialista em sustentabilidade, conservação e impactos industriais, traduzindo dados científicos em análises acessíveis sobre meio ambiente e políticas públicas.

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