A empresa Suzano implementou a técnica de espectrometria de fluorescência de raios-X da Nasa para análise florestal, resultando em uma economia de R$ 1 milhão por ano. Essa inovação não apenas aumenta a eficiência e diminui o uso de reagentes químicos e emissões de gases, mas também otimiza o manejo de 1,6 milhão de hectares de florestas.
A Suzano, gigante do setor de papel e celulose, implementou uma técnica da Nasa para análise florestal, economizando R$ 1 milhão anualmente. Essa inovação não só melhora a eficiência do processo, mas também reduz o uso de reagentes químicos e a emissão de gases de efeito estufa. A tecnologia promete revolucionar o manejo florestal.
Adaptação da Técnica Espacial na Análise Florestal
A adaptação da técnica espacial pela Suzano representa um marco na análise florestal. Utilizando a espectrometria de fluorescência de raios-X (XRF), a empresa consegue qualificar e quantificar elementos químicos do solo e das folhas de eucalipto de forma mais eficiente.
Essa técnica, originalmente desenvolvida para missões espaciais pela Nasa, permite que a análise seja realizada em apenas dez minutos, ao contrário dos métodos tradicionais que podem levar até 30 dias.
Com a implementação da XRF, a Suzano não apenas acelera o processo de análise, mas também melhora a precisão dos resultados. Isso é crucial para otimizar o processo de fertilização das áreas florestais, garantindo que os recursos sejam aplicados de forma mais assertiva.
Além disso, a tecnologia reduz significativamente o uso de reagentes químicos, o que é benéfico tanto para o meio ambiente quanto para a saúde dos trabalhadores envolvidos no processo.
Desde que começou a utilizar essa tecnologia em 2021, a Suzano já analisou mais de 10 mil amostras, mostrando a eficácia e a eficiência da técnica. A empresa planeja expandir o uso para toda a sua área florestal até 2025, cobrindo 1,6 milhão de hectares.
Essa adaptação inovadora demonstra como tecnologias desenvolvidas para o espaço podem ter aplicações práticas e sustentáveis na Terra, beneficiando o setor florestal e contribuindo para a sustentabilidade ambiental.
Impactos Econômicos e Ambientais Positivos
Economicamente, a Suzano estima uma economia de R$ 1 milhão por ano devido à redução no uso de reagentes químicos e à otimização do processo de análise.
Essa economia é crucial para uma empresa de grande porte como a Suzano, permitindo que reinvista esses recursos em outras áreas estratégicas.
Além da economia financeira, a técnica de espectrometria de fluorescência de raios-X (XRF) proporciona benefícios ambientais importantes.
Ao reduzir em 80% o uso de reagentes químicos, a Suzano minimiza o impacto ambiental associado ao descarte desses produtos. Isso também diminui a emissão de gases de efeito estufa, já que o transporte de amostras e as operações de coleta são reduzidos.
Esses avanços não apenas reforçam o compromisso da Suzano com a sustentabilidade, mas também posicionam a empresa como líder em inovação no setor florestal.
A capacidade de realizar análises mais rápidas e precisas permite uma gestão mais eficiente dos recursos naturais, contribuindo para a conservação ambiental e a redução da pegada ecológica da empresa.
Com essas iniciativas, a Suzano demonstra que é possível aliar crescimento econômico com responsabilidade ambiental, criando um modelo de negócios mais sustentável e resiliente.
Fonte: Época Negócios