Ibovespa recua, registrando uma queda de 0,4%, influenciado pela desvalorização das ações da Vale e Petrobras, além de eventos externos como declarações de Trump, enquanto o Banco do Brasil teve um desempenho positivo.
O Ibovespa fechou em baixa nesta quinta-feira (23), pressionado pela queda das ações da Vale e Petrobras, enquanto o dólar registrou queda. Analistas destacam a influência de eventos externos no mercado.
Desempenho do Ibovespa e Ações Impactadas
O Ibovespa, principal índice da bolsa de valores brasileira, encerrou a quinta-feira com uma queda de 0,4%, fechando a 122.483,32 pontos. Este movimento foi fortemente influenciado pela desvalorização das ações de duas gigantes do mercado: Vale e Petrobras.
As ações da Vale, uma das maiores mineradoras do mundo, caíram 0,65%. Mesmo com o aumento nos preços do minério de ferro na China, a pressão sobre o Ibovespa foi significativa. A instabilidade no setor de commodities continua a ser um fator determinante para o desempenho da empresa.
Já a Petrobras viu suas ações preferenciais recuarem 0,7%. A queda nos preços do petróleo no mercado internacional, após declarações do presidente dos EUA sobre a redução do custo do combustível, afetou diretamente a estatal. O preço do barril de Brent, referência para a Petrobras, caiu 0,9%.
Outras ações que impactaram negativamente o índice incluem a Usiminas, que caiu 1,34%, e a Minerva, que teve uma desvalorização de 6,67%. Em contraste, o Banco do Brasil destacou-se positivamente, com um avanço de 2,26%.
Influência de Eventos Externos no Mercado
Os eventos externos tiveram um papel crucial na movimentação do mercado brasileiro nesta quinta-feira. A agenda doméstica estava relativamente vazia, o que levou os investidores a se concentrarem em acontecimentos internacionais. Um dos destaques foi a participação virtual do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, no Fórum Econômico Mundial em Davos.
Durante sua fala, Trump fez declarações sobre a política monetária dos EUA, pressionando por taxas de juros mais baixas e instando a Arábia Saudita e a OPEP a reduzir os preços do petróleo. Essas declarações geraram volatilidade nos mercados de energia, impactando diretamente empresas como a Petrobras.
Além disso, Trump adotou um tom mais conciliador em relação à China, afirmando que espera que o país asiático ajude a resolver o conflito entre Rússia e Ucrânia. Esse comentário trouxe um alívio momentâneo para as tensões comerciais, mas o mercado continua atento às possíveis sanções e tarifas que poderiam ser impostas a outras nações, como México, Canadá e União Europeia.
Nos Estados Unidos, a bolsa de Wall Street fechou em alta, com o S&P 500 atingindo um recorde de fechamento. Esse desempenho positivo foi impulsionado pela expectativa em torno dos balanços de empresas americanas, que começam a ser divulgados. O mercado de dívida também mostrou movimentação, com o rendimento dos Treasuries de 10 anos subindo, refletindo as operações do Tesouro dos EUA.
Destaques Positivos e Negativos do Dia
O dia foi marcado por movimentos significativos tanto no campo positivo quanto no negativo dentro do mercado acionário brasileiro. Entre os destaques positivos, o Banco do Brasil se sobressaiu, com suas ações avançando 2,26%. Analistas do BTG Pactual destacaram que o banco parece bem posicionado para um crescimento superior na carteira de empréstimos em 2025, especialmente apoiado pelo agronegócio.
Por outro lado, o setor de energia apresentou algumas das maiores quedas do dia. As ações da Petrobras recuaram 0,7%, impactadas pela inversão nos preços do petróleo após as declarações do presidente dos EUA, Donald Trump. Outras empresas do setor, como PRIO e PetroRecôncavo, também registraram quedas significativas, de 2,29% e 5,05%, respectivamente.
No setor de mineração, Vale caiu 0,65%, pressionada apesar do aumento nos preços do minério de ferro na China. A Usiminas também viu suas ações caírem 1,34%, continuando a sequência de quedas.
Entre as ações de consumo, Minerva sofreu uma desvalorização de 6,67%, acumulando perdas significativas ao longo da semana. Em contraste, Marfrig e JBS conseguiram se destacar positivamente, com altas de 4,06% e 1,6%, respectivamente, mostrando resiliência em um dia desafiador para o mercado.