Economia e Negócios

Brasil Retoma Importação de Energia da Venezuela

O Brasil voltou a importação de energia da Venezuela em 14 de abril, visando reduzir custos e aumentar a segurança do fornecimento em Roraima, com uma importação de até 15 MW. Apesar de problemas técnicos que impactaram a operação, espera-se que essa medida traga benefícios econômicos.

O Brasil retomou a importação de energia da Venezuela, buscando reduzir custos e aumentar a segurança no fornecimento para Roraima. A operação, iniciada em 14 de abril, visa importar até 15 MW, trazendo benefícios econômicos significativos.

Detalhes da Importação de Energia

A retomada da importação de energia da Venezuela pelo Brasil ocorreu em 14 de abril, conforme relatado pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). A interligação entre Boa Vista e Santa Elena, por meio de uma linha de transmissão de 230 kV, foi ativada para possibilitar essa operação.

Inicialmente, estava prevista a importação de 15 megawatts (MW), mas o volume efetivamente importado foi inferior ao esperado.

No dia 14, a importação programada foi de 10 MW, mas apenas 6 MW foram efetivamente recebidos. No dia seguinte, 15 de abril, esperava-se importar 15 MW, no entanto, apenas 7 MW foram importados devido a problemas técnicos na linha de transmissão, que também afetaram a usina termelétrica Jaguatirica II, resultando na interrupção de 103 MW no sistema de Roraima.

Essa operação de importação é realizada pela empresa Bolt Energy, que obteve autorização para utilizar recursos da Conta de Consumo de Combustíveis (CCC) para custear a importação.

A expectativa é que, com a importação de energia venezuelana, haja uma redução significativa nos custos operacionais e um aumento na segurança do abastecimento energético para o estado de Roraima.

Impactos Econômicos e Operacionais

A importação de energia da Venezuela pelo Brasil traz diversos impactos econômicos e operacionais, especialmente para o estado de Roraima.

Um dos principais objetivos dessa operação é a redução dos custos de operação, que podem chegar a um benefício econômico de até R$ 500 mil por dia.

Isso é possível devido ao custo competitivo da energia venezuelana, fixado em R$ 1.096,11 por megawatt-hora (MWh).

Além do aspecto econômico, a importação visa aumentar a segurança e a confiabilidade do fornecimento elétrico em Roraima, que não está conectado ao Sistema Interligado Nacional (SIN).

A dependência de geração termelétrica, que é mais cara e menos confiável, pode ser reduzida com essa importação, melhorando a qualidade do serviço para os consumidores locais.

Operacionalmente, a importação de energia requer uma infraestrutura robusta e confiável. A linha de transmissão entre Boa Vista e Santa Elena é crucial para essa operação, mas desafios técnicos já foram observados, como o desligamento inesperado ocorrido em 15 de abril.

A eficiência da operação depende da resolução desses problemas e da manutenção de um fluxo constante de energia.

Thiago Neves

Colunista no segmento Economia e Negócios | Thiago Neves é economista, analista de mercado e especialista em finanças corporativas, com quase duas décadas de experiência traduzindo cenários econômicos globais em estratégias para negócios.

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