O Boletim Focus do Banco Central indica que o mercado projeta inflação de 5,58% e um crescimento do PIB de 2,03% para 2025, mantendo a taxa Selic em 15% para controlar a inflação, com ajustes previstos para os anos seguintes.
O mercado financeiro ajustou suas projeções para 2025, indicando uma inflação de 5,58% e um crescimento do PIB de 2,03%, segundo o Boletim Focus do Banco Central. As taxas de juros e câmbio também foram analisadas, refletindo o cenário econômico desafiador.
Projeções Econômicas para 2025
O mercado financeiro ajustou suas projeções para 2025, refletindo um cenário econômico desafiador. De acordo com o Boletim Focus, divulgado pelo Banco Central, a expectativa é de que a inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), atinja 5,58%.
Esse aumento em relação à projeção anterior de 5,51% sugere uma pressão inflacionária contínua, impulsionada por fatores como a alta dos preços dos alimentos e a valorização do dólar.
Além disso, a previsão para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) foi ajustada para 2,03%, ligeiramente abaixo dos 2,04% estimados anteriormente.
Esse ajuste reflete as incertezas no cenário econômico global e os desafios internos, como a necessidade de políticas econômicas mais restritivas para controlar a inflação.
O Boletim Focus, que compila as expectativas de economistas do mercado financeiro, também destaca previsões para os anos seguintes.
Para 2026, projeta-se um crescimento do PIB de 1,7%, enquanto para 2027 e 2028 as projeções são de 1,96% e 2%, respectivamente. Essas estimativas indicam um crescimento econômico moderado nos próximos anos, condicionados a um controle eficaz da inflação e a uma política monetária adequada.
Impacto da Selic na Economia
A taxa básica de juros, conhecida como Selic, é um dos principais instrumentos utilizados pelo Banco Central para controlar a inflação e influenciar a atividade econômica.
Em 2025, a projeção para a Selic foi mantida em 15%, refletindo a necessidade de uma política monetária contracionista para conter a pressão inflacionária.
O Comitê de Política Monetária (Copom) destacou que o aumento dos preços dos alimentos e a valorização do dólar têm pressionado a inflação, tornando necessário manter a Selic em um nível elevado. Essa estratégia visa ancorar as expectativas de inflação e garantir que a meta de 3% para 2025, com um intervalo de tolerância de 1,5% a 4,5%, seja alcançada.
Para os anos seguintes, o mercado financeiro projeta uma redução gradual da Selic, com a taxa caindo para 12,5% em 2026, 10,5% em 2027 e 10% em 2028. Essa trajetória de queda dependerá de uma convergência bem-sucedida da inflação para a meta e de uma estabilização do cenário econômico global.
A redução da Selic poderá estimular o investimento e o consumo, contribuindo para um crescimento econômico mais robusto.
