Economia e Negócios

Atraso na Votação do Orçamento de 2025 Aumenta Tensão Política

O atraso na votação do orçamento de 2025, que deveria ocorrer em dezembro, está gerando tensões entre o governo e o Congresso, conforme informa o G1, afetando negativamente programas sociais como o Auxílio Gás e o Pé de Meia, devido à falta de recursos orçamentários adequados.

O atraso na votação do orçamento de 2025 está gerando um clima de tensão entre o governo e o Congresso. Previsto para ser aprovado em dezembro, o orçamento ainda aguarda discussão, aumentando o desgaste político. Sem um orçamento definido, o governo está limitado a gastar apenas 1/12 das despesas discricionárias mensais, o que pode atrasar ou acelerar programas conforme a preferência de cada ministério.

Desgaste entre Governo e Congresso

O atraso na votação do orçamento de 2025 tem intensificado o desgaste entre o governo e o Congresso, uma situação que vem se agravando desde que a aprovação não ocorreu dentro do prazo constitucional em dezembro do ano passado.

A falta de consenso sobre as emendas parlamentares, bloqueadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF), é um dos principais pontos de tensão.

Parlamentares têm criticado a equipe econômica por apresentar uma proposta com valores abaixo do necessário para programas essenciais. Por outro lado, o Executivo responsabiliza o Congresso pela demora na análise e aprovação do projeto.

Enquanto isso, a população aguarda a resolução desse impasse, que afeta diretamente a execução de políticas públicas e o funcionamento do governo.

Impactos nos Programas Sociais

O atraso na votação do orçamento de 2025 tem gerado impactos significativos nos programas sociais do país. Entre os mais afetados estão o Auxílio Gás e o Pé de Meia, que dependem de alocações orçamentárias adequadas para continuar atendendo a população.

O Tribunal de Contas da União (TCU) já interveio no caso do Pé de Meia, suspendendo o programa até que o governo inclua os valores reais no orçamento.

Inicialmente, apenas R$ 1 bilhão foi reservado, mas o custo real pode chegar a R$ 15 bilhões, o que evidencia a discrepância entre a proposta do Executivo e a necessidade real.

Similarmente, o Auxílio Gás foi programado para receber R$ 600 milhões, enquanto a demanda real é de R$ 3,4 bilhões. A insuficiência de recursos ameaça a continuidade do benefício, que é essencial para muitas famílias de baixa renda.

Essas incertezas orçamentárias não apenas comprometem a eficácia dos programas, mas também geram ansiedade entre os beneficiários que dependem desses recursos para suas necessidades básicas.

A indefinição prolongada pode resultar em cortes ou atrasos nos pagamentos, afetando diretamente a população mais vulnerável.

Thiago Neves

Colunista no segmento Economia e Negócios | Thiago Neves é economista, analista de mercado e especialista em finanças corporativas, com quase duas décadas de experiência traduzindo cenários econômicos globais em estratégias para negócios.

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