Protesto contra Milei explode com aposentados e torcidas enfrentando repressão policial

O protesto em Buenos Aires contra o presidente argentino Javier Milei, que uniu torcidas organizadas e aposentados, resultou em confrontos violentos com a polícia, motivados por políticas econômicas controvérsias.

O protesto contra Milei, presidente da Argentina, uniu torcidas organizadas de futebol e aposentados em Buenos Aires. A manifestação, ocorrida na última quarta-feira (12), resultou em confrontos violentos com a polícia, destacando a tensão social no país.

Motivos do Protesto

Os motivos do protesto contra o presidente argentino Javier Milei são diversos, mas centralizam-se na insatisfação com as políticas econômicas implementadas por seu governo.

Em uma medida para reduzir a inflação, Milei realizou cortes significativos nos gastos públicos, medidas que afetaram diretamente a população mais vulnerável, especialmente os aposentados.

Os idosos enfrentaram perda de poder aquisitivo, pois os reajustes das aposentadorias não acompanharam o aumento do custo de vida.

Além disso, muitos perderam acesso a medicamentos gratuitos, agravando a situação financeira e de saúde dessa parcela da população.

O descontentamento não se limita apenas aos aposentados. Outros grupos sociais, incluindo sindicatos e organizações civis, também se opõem às políticas de Milei, que consideram prejudiciais para o bem-estar social geral.

Essa convergência de insatisfações levou à formação de uma aliança inusitada entre aposentados e torcidas organizadas, ambos buscando pressionar o governo por mudanças.

A Aliança Inesperada

A aliança inesperada entre torcidas organizadas de futebol e aposentados em protesto contra o governo Milei surpreendeu muitos observadores.

Essa união surgiu de um sentimento comum de insatisfação com as políticas econômicas do presidente, que afetaram gravemente os aposentados.

O ponto de partida para essa aliança foi um incidente com um aposentado, que, ao ser agredido pela polícia enquanto vestia uma camisa do Chacarita, clube de futebol argentino, gerou comoção entre os torcedores do clube.

As imagens desse evento se espalharam rapidamente nas redes sociais, levando a uma mobilização maior de várias torcidas.

Com o apoio das barras bravas, torcedores conhecidos por seu fervor, organização e violência, os aposentados ganharam uma proteção adicional durante os protestos.

Essa colaboração foi impulsionada por campanhas virais que convocavam torcedores de diversos clubes a se juntarem à causa, transformando a manifestação em um evento de grande escala.

Confrontos e Repressão

Os confrontos e a repressão marcaram o protesto realizado em Buenos Aires, onde torcidas organizadas e aposentados se uniram contra as políticas do governo de Javier Milei. O protesto, iniciado pacificamente, rapidamente escalou para um confronto violento com as forças de segurança.

Os manifestantes, incluindo membros das barras bravas, lançaram pedras e outros objetos contra a polícia, que respondeu com gás lacrimogêneo, balas de borracha e cassetetes para dispersar a multidão. O cenário caótico resultou em mais de 124 detenções e pelo menos 46 feridos, entre eles 26 policiais.

A repressão policial, vista como uma medida para conter a desordem, foi criticada por organizações de direitos humanos que alegam uso excessivo de força. A violência dos confrontos destacou a crescente tensão social na Argentina e a polarização política em torno das medidas econômicas de Milei.

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