Juros Devem Cair Apenas no Segundo Semestre de 2025

A CNI prevê que a taxa Selic só começará a cair no segundo semestre de 2025, alcançando 12,75%. A manutenção dos juros elevados pode levar à desaceleração do consumo e dos investimentos, afetando negativamente o crescimento econômico do Brasil.

A CNI projeta que os juros só começarão a cair no segundo semestre de 2025. O Banco Central deve manter uma política monetária contracionista até pelo menos a metade do ano, impactando o cenário econômico.

Projeções de Juros para 2025

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) prevê que o Banco Central manterá uma política monetária restritiva até pelo menos a metade de 2025.

Espera-se que a taxa básica de juros, conhecida como Selic, comece a ser reduzida apenas a partir do segundo semestre daquele ano.

No último encontro do Comitê de Política Monetária (Copom), realizado no final de 2024, a Selic foi elevada para 12,25%, com projeções de que poderia atingir 14,25% ao ano no primeiro trimestre de 2025.

A expectativa é que a Selic encerre 2025 em 12,75%

, meio ponto percentual acima do patamar previsto para o final de 2024.

Essa manutenção de juros elevados deve impactar a concessão de crédito, que, segundo a CNI, crescerá apenas 7,1% em 2025, um ritmo inferior ao observado em 2023.

Essa política monetária visa controlar a inflação, mas pode restringir o consumo e os investimentos devido à menor disponibilidade de crédito no mercado.

Impacto Econômico da Manutenção dos Juros

A manutenção dos juros em patamares elevados pelo Banco Central tem implicações significativas para a economia brasileira.

Em primeiro lugar, a alta dos juros tende a desestimular o consumo e os investimentos, uma vez que o crédito se torna mais caro e menos acessível para empresas e consumidores. Isso pode resultar em um crescimento econômico mais lento, impactando o mercado de trabalho e a renda das famílias.

Além disso, a política monetária restritiva visa controlar a inflação, mas pode ter efeitos colaterais, como a desaceleração do mercado de trabalho, que vinha apresentando resultados positivos nos últimos anos. Com menos crédito disponível, as empresas podem reduzir suas expansões e contratações, afetando o dinamismo econômico.

Outro ponto relevante

é a redução do impulso fiscal, ou seja, a diminuição dos gastos governamentais em diferentes níveis, o que pode agravar ainda mais a contração econômica. A CNI destaca que esses fatores, combinados, podem resultar em um crescimento econômico mais modesto nos próximos anos. Para 2025, a expectativa é de que o PIB cresça 2,4%, refletindo as dificuldades enfrentadas em um cenário de juros elevados.

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