Educação e Carreiras

Áreas em Alta no Brasil com Salários Atrativos

As áreas em alta no Brasil, como tecnologia e ESG, oferecem salários elevados devido à crescente demanda por profissionais qualificados. A retenção de talentos é um desafio, já que muitos buscam melhores condições de trabalho. Apesar de a flexibilidade ser valorizada, sua adoção ainda é limitada. Para atender a essas demandas, as empresas precisam adaptar suas políticas.

Algumas áreas têm ganhado destaque no Brasil devido aos altos salários e à crescente demanda. Setores como tecnologia e ESG se sobressaem, apresentando aumentos significativos nos últimos anos. Segundo pesquisa da Mercer, a procura por profissionais qualificados segue em expansão, enquanto as empresas enfrentam desafios para reter esses talentos.

Demanda por Profissionais de Tecnologia e ESG

A demanda por profissionais especializados em tecnologia e ESG tem crescido significativamente no Brasil, impulsionada pela transformação digital e pela crescente preocupação com práticas sustentáveis.

Segundo a Pesquisa de Remuneração Total da Mercer, essas áreas estão entre as mais valorizadas no mercado de trabalho, com uma escassez de talentos qualificados.

No setor de tecnologia, especializações como Inteligência Artificial, BI/Data e Transformação Digital são altamente procuradas. Empresas buscam profissionais capazes de implementar soluções inovadoras que otimizem processos e melhorem a eficiência operacional.

Já no campo de ESG, a necessidade de integrar práticas ambientais, sociais e de governança nos negócios tem levado a uma busca intensa por especialistas que possam liderar essas iniciativas.

Essa alta demanda resulta em salários competitivos e oportunidades de crescimento acelerado para aqueles que se destacam nessas áreas. Profissionais que investem em qualificação e atualização constante encontram um mercado receptivo e cheio de possibilidades.

Crescimento Salarial em Níveis Operacionais

O crescimento salarial em níveis operacionais tem sido um destaque no mercado de trabalho brasileiro, especialmente nas áreas de tecnologia e ESG. A pesquisa da Mercer revelou que os aumentos salariais para profissionais operacionais nessas áreas chegaram a até 73% em 2024, refletindo a alta demanda e a escassez de talentos qualificados.

Esses aumentos não se restringem apenas aos cargos operacionais. Gerentes e assistentes também viram seus salários crescerem significativamente, com elevações de 17% e 10%, respectivamente. Esse cenário é impulsionado pela necessidade das empresas de atrair e reter profissionais capacitados que possam contribuir para a inovação e a sustentabilidade dos negócios.

O aquecimento do mercado para esses profissionais cria um ambiente competitivo, onde a qualificação e a experiência são recompensadas com salários atrativos e oportunidades de carreira. Empresas que investem em estratégias de retenção e desenvolvimento de talentos conseguem se destacar, oferecendo pacotes de remuneração que vão além do salário, incluindo benefícios e oportunidades de crescimento profissional.

Desafios na Retenção de Talentos

Reter talentos tem se tornado um desafio cada vez mais complexo para as empresas, especialmente nas áreas de tecnologia e ESG, onde a demanda por profissionais qualificados é alta.

A pesquisa da Mercer destaca que setores como varejo, agro e tecnologia enfrentam os maiores índices de turnover voluntário, com muitos profissionais buscando melhores condições de trabalho e perspectivas de crescimento.

Um dos principais motivos para a saída de profissionais é a insatisfação salarial, que responde por 59% das saídas voluntárias. Além disso, a falta de reconhecimento e oportunidades de desenvolvimento também contribui para a rotatividade.

Para enfrentar esses desafios, 51% das empresas adotaram estratégias como contrapropostas, planos de desenvolvimento e movimentações internas.

Especialistas apontam que uma abordagem holística, que inclua cultura organizacional, reconhecimento, flexibilidade e desenvolvimento de líderes, é essencial para reter talentos.

Criar um ambiente de trabalho que promova o engajamento e a motivação dos colaboradores pode ser a chave para reduzir a rotatividade e garantir a sustentabilidade dos negócios.

Futuro do Trabalho e Flexibilidade

O futuro do trabalho está cada vez mais ligado à flexibilidade, com o modelo híbrido se consolidando em 86% das empresas brasileiras. Essa tendência reflete a busca por um equilíbrio entre vida pessoal e profissional, algo altamente valorizado pelos trabalhadores. Curiosamente, 46% dos profissionais estão dispostos a abrir mão de até 10% de aumento salarial em troca de benefícios que promovam qualidade de vida.

Embora a flexibilidade seja uma prioridade, a pesquisa da Mercer revela que apenas 8% das empresas no Brasil planejam adotar semanas de trabalho reduzidas, uma prática em ascensão globalmente. Além disso, menos da metade das organizações consulta seus colaboradores para definir regimes de trabalho, o que pode impactar negativamente a satisfação e a produtividade.

Para se manterem competitivas, as empresas precisam adaptar suas políticas de trabalho às novas demandas dos profissionais, oferecendo não apenas flexibilidade, mas também oportunidades de desenvolvimento e um ambiente que valorize o bem-estar. Investir em uma abordagem centrada no colaborador pode ser um diferencial estratégico para atrair e reter talentos no futuro do trabalho.

Raquel Almeida Nunes

Colunista no segmento Educação e Carreiras | Raquel Almeida Nunes é especialista em desenvolvimento profissional e educação corporativa, com mais de 20 anos de experiência conectando qualificações, mercado de trabalho e psicologia organizacional.

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