A síndrome do impostor é um fenômeno psicológico que afeta tanto homens quanto mulheres, caracterizada pela dúvida sobre as próprias habilidades e o medo de ser exposto como uma fraude. Pesquisas recentes indicam que essa condição não é fixa e pode até trazer benefícios, como maior empatia.
A síndrome do impostor é frequentemente mal interpretada, levando a equívocos sobre seu impacto no ambiente de trabalho. Novas pesquisas revelam que, ao contrário do que muitos acreditam, essa síndrome não é uma característica permanente e pode até trazer benefícios, como maior empatia e comportamento ético.
Desmistificando a Síndrome do Impostor
A síndrome do impostor é frequentemente vista como um problema permanente, mas pesquisas recentes sugerem que isso é um mito.
Segundo a professora Basima Tewfik, do MIT Sloan School of Management, essa condição não é fixa e pode variar conforme a situação. Ou seja, alguém pode ter pensamentos de impostor em certos momentos e não em outros.
Outro mito comum é que a síndrome do impostor sempre resulta em consequências negativas. Embora possa diminuir o envolvimento, também pode levar a resultados positivos.
Isso porque, de acordo com Tewfik, pessoas que frequentemente têm pensamentos de impostor tendem a se relacionar melhor com os outros e a agir de maneira mais ética.
Além disso, a crença de que essa síndrome afeta mais as mulheres ou indivíduos marginalizados é outro equívoco. Estudos mostram que tanto homens quanto mulheres podem experimentá-la em níveis semelhantes, embora as consequências possam variar entre os grupos.
Esses mitos distorcem a compreensão do fenômeno e podem levar a abordagens inadequadas no ambiente de trabalho.
Para lidar melhor com a síndrome do impostor, é útil adotar o termo “pensamentos de impostor no trabalho”, que ajuda a esclarecer o conceito e a evitar suposições imprecisas.
Impactos Positivos e Negativos no Trabalho
No ambiente de trabalho, a síndrome do impostor pode ter tanto impactos positivos quanto negativos. Por um lado, indivíduos que experimentam essa síndrome podem sentir-se menos satisfeitos com seus empregos, menos motivados ou até mais deprimidos.
Por outro lado, a síndrome do impostor pode também trazer benefícios inesperados. Pessoas que relatam pensamentos frequentes de impostor tendem a ser mais empáticas e a se comportar de maneira mais ética. Isso pode melhorar a interação com colegas e contribuir para um ambiente mais colaborativo.
É importante que os gestores estejam cientes desses impactos e ofereçam suporte adequado aos funcionários. Programas de aprendizado e oportunidades para check-ins regulares com gerentes podem ajudar a aliviar a ansiedade e os sentimentos de inadequação associados à síndrome do impostor.
Além disso, prestar atenção ao posicionamento dos funcionários dentro da organização e oferecer apoio conforme necessário pode fazer uma diferença significativa.
Por exemplo, funcionários que realizam muito trabalho solo podem ser mais suscetíveis a pensamentos de impostor, o que pode levar ao desengajamento. Reconhecer e abordar esses desafios pode ajudar a mitigar os efeitos negativos e potencializar os positivos.
