Indústria e Tendências

Abate de Bovinos Bate Recorde Histórico em 2024

Em 2024, o Brasil registrou um recorde no abate de bovinos, com 39,27 milhões de cabeças, impulsionado pela maior oferta de fêmeas e aumento nas exportações, que atingiram 2,55 milhões de toneladas de carne bovina in natura. Os setores de frangos e suínos também alcançaram recordes, refletindo a forte demanda tanto interna quanto externa.

O abate de bovinos no Brasil atingiu um recorde histórico em 2024, com 39,27 milhões de cabeças, marcando um aumento de 15,2% em relação ao ano anterior, informa dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Este crescimento reflete a maior oferta de fêmeas e as exportações recordes de carne bovina in natura, impulsionadas por uma economia interna fortalecida e uma crescente demanda internacional.

Aumento no Abate de Bovinos

O ano de 2024 foi marcado por um aumento expressivo no abate de bovinos, atingindo um recorde histórico de 39,27 milhões de cabeças.

Este crescimento de 15,2% em relação a 2023 foi impulsionado principalmente pelo aumento no abate de fêmeas, que chegou a 16,9 milhões de cabeças, representando um incremento de 19,0%.

Esse fenômeno está associado a uma fase de baixa no ciclo pecuário, iniciada em 2022, que levou os produtores a optarem pelo abate de fêmeas para equilibrar a oferta no mercado.

Além disso, o fortalecimento da economia interna e a melhoria nas condições de emprego e renda alavancaram a demanda doméstica por carne bovina.

Outro fator que contribuiu para o aumento no abate foi a estabilidade no preço médio da arroba entre 2023 e 2024, conforme dados do Cepea/Esalq.

Essa estabilidade proporcionou um cenário favorável para os pecuaristas, que aproveitaram o momento para aumentar a produção e atender tanto ao mercado interno quanto às exportações.

Os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) destacam que o abate de bovinos cresceu em 26 das 27 unidades da federação, com os aumentos mais expressivos registrados em estados como Mato Grosso, Minas Gerais e São Paulo. Mato Grosso, por exemplo, continuou a liderar o ranking nacional, com 18,1% da participação no total de abates.

Impacto nas Exportações de Carne

O recorde no abate de bovinos em 2024 teve um impacto direto nas exportações de carne bovina in natura, que alcançaram 2,55 milhões de toneladas.

Esse volume expressivo de exportação é resultado de uma demanda internacional crescente, impulsionada pela qualidade e pelo rigoroso padrão sanitário da carne brasileira.

O fortalecimento da economia interna e a estabilização dos preços da arroba contribuíram para que o Brasil se mantivesse competitivo no mercado global.

As exportações de carne de frango e suína também registraram recordes, tanto em volume quanto em faturamento, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex).

O Brasil se consolidou como um dos principais exportadores mundiais, com destaque para a carne de frango, onde somos líderes globais.

Cerca de 35% da produção de carne de frango é destinada ao mercado externo, atendendo a uma ampla gama de países que valorizam a qualidade da proteína brasileira.

Para a suinocultura, o ano de 2024 foi marcado por uma diversificação de mercados, com a abertura de novos destinos de exportação, como as Filipinas, reduzindo a dependência das importações pela China.

Essa estratégia ampliou as oportunidades para os produtores nacionais, garantindo melhores margens e maior rentabilidade.

Participação das Unidades da Federação

Em 2024, o abate de bovinos registrou aumentos em 26 das 27 unidades da federação, destacando-se como um dos principais impulsionadores do setor pecuário brasileiro.

Mato Grosso manteve sua posição de liderança, com uma participação de 18,1% no total nacional de abates, consolidando-se como o maior produtor do país.

Outros estados também tiveram desempenhos significativos. Goiás e São Paulo dividiram a segunda posição, cada um com 10,2% de participação. Minas Gerais, Pará e Mato Grosso do Sul também registraram expressivos aumentos no número de cabeças abatidas, contribuindo para o recorde nacional.

Em contrapartida, o Rio Grande do Sul foi a única unidade da federação a registrar uma queda no abate de bovinos, com uma redução de 153,50 mil cabeças. Essa variação reflete as condições climáticas adversas enfrentadas pelo estado, que impactaram a produção local.

Esses dados destacam a diversidade e a capacidade produtiva das diferentes regiões do Brasil, que juntas contribuem para manter o país como um dos principais produtores e exportadores de carne bovina no mundo.

A distribuição geográfica da produção também assegura a resiliência do setor frente a desafios climáticos e econômicos.

Recordes em Frango e Suínos

O ano de 2024 foi marcado por recordes não apenas no abate de bovinos, mas também nos setores de frangos e suínos. O abate de frangos atingiu 6,46 bilhões de cabeças, um aumento de 2,7% em relação a 2023, consolidando um novo recorde na série histórica.

Este crescimento foi impulsionado pela forte demanda interna e externa, com o Brasil mantendo-se como o maior exportador mundial de carne de frango.

Paraná destacou-se como o principal estado produtor, com 34,2% da participação nacional no abate de frangos, seguido por Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Essa liderança reflete a infraestrutura robusta e a eficiência produtiva desses estados.

No setor de suínos, o abate também atingiu um recorde, com 57,86 milhões de cabeças, representando um aumento de 1,2% em relação ao ano anterior. Santa Catarina liderou o abate de suínos com 29,1% do total nacional, seguido por Paraná e Rio Grande do Sul.

A diversificação de mercados, como as Filipinas, contribuiu para um ano positivo, com melhores margens para os produtores.

Esses recordes refletem a capacidade do Brasil de atender a uma demanda crescente por proteína animal, tanto no mercado interno quanto no externo, reforçando sua posição de destaque no cenário mundial.

Jéssica Rocha

Colunista no segmento Indústria e Tendências | Diretora de Operações com atuação direta em áreas Operacionais, Comerciais, de Marketing, Tecnologia, entre outras, sempre atenta às tendências globais que impactam a indústria, o mercado empresarial e a economia mundial.

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