A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) retomou, após 11 anos, a formação de estoques de trigo, adquirindo 7,2 mil toneladas do cereal de produtores do Rio Grande do Sul. A ação visa garantir o preço mínimo aos agricultores e regular o abastecimento nacional.
A Conab realizou a compra de 7,2 mil toneladas de trigo de produtores gaúchos por meio do mecanismo de Aquisição do Governo Federal (AGF), previsto na Política de Garantia de Preços Mínimos (PGPM). A medida foi adotada devido aos preços do cereal estarem abaixo do mínimo estabelecido pelo governo federal, assegurando assim a remuneração justa aos agricultores.
Aquisição e logística do trigo
A compra do trigo ocorreu no polo de aquisição estabelecido na Cotripal Agropecuária Cooperativa, localizada em Pejuçara, Rio Grande do Sul.
Após a aquisição, o cereal é transportado para a unidade armazenadora da Conab em Ponta Grossa, Paraná. Diariamente, cerca de 15 caminhões realizam o transporte do produto.
Técnicos das superintendências de Logística Operacional, Fiscalização e das regionais do Rio Grande do Sul e Paraná acompanham de perto todo o processo, com expectativa de conclusão até o final deste mês.
Contexto de mercado e futuras ações
A oferta abundante de trigo no mercado internacional tem exercido pressão sobre os preços internos nas últimas safras.
Para a safra 2023/2024, o governo federal implementou instrumentos de apoio, como leilões públicos do Prêmio Equalizador Pago ao Produtor Rural (Pepro) e do Prêmio para Escoamento de Produto (PEP), auxiliando no escoamento de aproximadamente 479,28 mil toneladas do cereal.
Na safra 2024/2025, a AGF foi a medida escolhida para apoiar os produtores do Rio Grande do Sul, onde os preços permaneceram abaixo do mínimo vigente.
O governo federal permanece atento às dinâmicas de mercado e não descarta novas aquisições para reforçar os estoques públicos de alimentos.
A Conab continua monitorando os preços dos principais produtos abrangidos pela PGPM, bem como o panorama dos mercados nacional e internacional, visando assegurar remuneração mínima aos produtores e garantir a regularidade do abastecimento alimentar no país.
Fonte: Agência Gov
