Nos últimos dez anos, as exportações do RN (Rio Grande do Norte) cresceram 250%, alcançando USD 1,113 bilhão em 2024, com destaque para óleo combustível e melões frescos. A Holanda lidera como principal mercado, seguida por Singapura e EUA, evidenciando a diversificação de produtos e mercados que fortalece a economia do estado.
As exportações do Rio Grande do Norte aumentaram 250% na última década, atingindo um recorde em 2024 ao superar USD 1 bilhão. Este crescimento foi impulsionado principalmente pela expansão das vendas de óleo combustível e pela valorização do dólar. Produtos como melões frescos e sal marinho também se destacaram, refletindo a diversificação do comércio exterior do estado.
Crescimento das Exportações
O crescimento das exportações do Rio Grande do Norte nos últimos dez anos é notável, passando de USD 318 milhões em 2015 para USD 1,113 bilhão em 2024, marcando um aumento de 250%.
Este crescimento significativo foi impulsionado por vários fatores, incluindo a expansão das vendas de óleo combustível e a apreciação do dólar norte-americano, que tornaram os produtos brasileiros mais competitivos no mercado internacional.
Entre 2023 e 2024, o estado experimentou um salto de 42,55% nas exportações, passando de USD 781 milhões para USD 1,113 bilhão. Este aumento foi principalmente devido ao crescimento de 118% nas exportações de óleo combustível, que se tornaram o principal produto exportado do estado, atingindo USD 558,7 milhões em 2024.
Além do óleo combustível, outros produtos contribuíram para esse aumento, como melões frescos e sal marinho a granel. A análise da balança comercial realizada pelo Sebrae indica que, apesar de algumas flutuações ao longo dos anos, a tendência de crescimento das exportações do estado se manteve constante, reforçando a importância do comércio exterior para a economia local.
Principais Produtos Exportados na Década
Entre os principais produtos exportados pelo Rio Grande do Norte na última década, o óleo combustível lidera com um total de USD 1,48 bilhão, destacando-se como o carro-chefe das exportações do estado. Este produto tem visto um crescimento contínuo desde 2018, impulsionado pela demanda global e pela infraestrutura portuária que facilita seu escoamento.
Os melões frescos são o segundo produto mais exportado, totalizando USD 969,1 milhões. Este fruto tropical é altamente valorizado nos mercados internacionais, especialmente na Europa, onde o clima e a sazonalidade favorecem as exportações brasileiras.
Outro produto de destaque é o sal marinho a granel, com um volume exportado de USD 232,4 milhões. O sal produzido no estado é reconhecido pela sua qualidade e pureza, encontrando mercados cativos em países que necessitam de grandes quantidades para uso industrial.
Além disso, a exportação de tecidos de algodão se sobressai, com um valor agregado significativo de USD 5,84 por quilograma, totalizando USD 23,8 milhões. Este produto demonstra o potencial do estado em diversificar seu portfólio de exportações, agregando valor por meio de produtos manufaturados.
Mercados de Exportação Destacados
O Rio Grande do Norte tem estabelecido parcerias comerciais significativas com diversos países, sendo que 70% das exportações do estado nos últimos dez anos foram destinadas a apenas seis nações.
A Holanda se destaca como o principal parceiro comercial, representando 18% do total das exportações. Os melões são o principal produto enviado para este mercado, totalizando USD 331,9 milhões, embora em 2024 o óleo diesel tenha superado os melões como o principal produto exportado.
Singapura aparece como o segundo maior parceiro, com uma forte dependência do óleo combustível, que representa 17% das exportações do estado. Esta relação destaca a importância do combustível fóssil nas transações comerciais entre RN e Singapura.
Os Estados Unidos ocupam a terceira posição, recebendo principalmente sal marinho a granel. Este produto é essencial para diversas indústrias norte-americanas, o que garante um fluxo constante de exportações.
Esses mercados demonstram a estratégia de diversificação do estado, que busca não apenas aumentar o volume de exportações, mas também expandir o leque de produtos enviados para cada parceiro comercial, reduzindo a dependência de um único item e fortalecendo a economia local.