Indústria e Tendências

Produção Industrial Cresce em Oito Locais em Janeiro

A produção industrial no Brasil cresceu em janeiro em oito dos 15 locais pesquisados, com destaque para o Ceará (7,9%) e São Paulo (2,4%), impulsionada por setores como alimentos, produtos químicos e petróleo. No entanto, fatores como altas taxas de juros e férias coletivas afetaram negativamente locais como Pernambuco, que registrou a maior queda de -22,3%.

A produção industrial, conforme a Pesquisa Indústria Mensal (PIM) Regional, registrou avanços em oito dos 15 locais investigados de dezembro para janeiro. O Ceará liderou o crescimento com 7,9%, enquanto São Paulo, com 2,4%, teve a maior influência positiva. Pernambuco, por outro lado, apresentou a maior queda.

Crescimento nos Locais Pesquisados

O levantamento da Pesquisa Indústria Mensal (PIM) Regional revelou que, entre dezembro e janeiro, oito dos 15 locais pesquisados apresentaram crescimento na produção industrial.

O Ceará destacou-se com um aumento de 7,9%, impulsionado principalmente pelos setores de alimentos, derivados de petróleo e produtos têxteis. Este crescimento marca uma recuperação após dois meses de resultados negativos, compensando parte das perdas acumuladas.

São Paulo, com um crescimento de 2,4%, foi o segundo local com maior avanço e a principal influência positiva no índice geral. Os setores de produtos químicos, borracha e material plástico, máquinas e equipamentos, e alimentos foram os principais responsáveis por este desempenho.

Este resultado coloca a produção paulista acima do nível pré-pandemia, embora ainda esteja distante do pico registrado em março de 2011.

Além do Ceará e São Paulo, outros locais que registraram crescimento na produção industrial foram o Rio de Janeiro (2,3%) e Minas Gerais (0,8%), que também contribuíram significativamente para o resultado positivo geral.

Impactos Macroeconômicos na Produção

Os impactos macroeconômicos tiveram um papel significativo na dinâmica da produção industrial em janeiro. A variação nula na produção nacional interrompeu uma sequência de três meses de queda, período em que a indústria acumulou uma perda de 1,2%.

Este cenário foi influenciado por fatores como concessões de férias coletivas e paradas para manutenção em diversas plantas industriais, o que naturalmente reduz o ritmo de produção.

Além disso, a conjuntura macroeconômica, caracterizada por um aumento nas taxas de juros para conter a inflação, afetou tanto a oferta quanto a demanda por crédito. Essa situação restringe a capacidade de investimento e consumo, impactando diretamente a produção industrial.

A alta dos juros é uma medida de política monetária destinada a controlar a inflação, mas que também pode desacelerar o crescimento econômico.

Os estados que registraram quedas mais acentuadas, como Pernambuco, foram particularmente afetados por esses fatores. Em Pernambuco, a queda de 22,3% foi a mais intensa desde o início da série histórica, refletindo tanto as férias coletivas quanto os desafios macroeconômicos.

A produção nos setores de derivados do petróleo, metalurgia e alimentos foi particularmente impactada, evidenciando como os fatores macroeconômicos podem influenciar diferentes segmentos da indústria de maneira variada.

Jéssica Rocha

Colunista no segmento Indústria e Tendências | Diretora de Operações com atuação direta em áreas Operacionais, Comerciais, de Marketing, Tecnologia, entre outras, sempre atenta às tendências globais que impactam a indústria, o mercado empresarial e a economia mundial.

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