Indústria e Tendências

Refinaria Riograndense Transforma Eucalipto em Combustível Sustentável

A Refinaria Riograndense implementou com sucesso o coprocessamento de bio-óleo de eucalipto utilizando tecnologia da Petrobras, resultando na produção de combustíveis renováveis. Essa inovação contribui para a redução das emissões de gases de efeito estufa e posiciona o Brasil como um líder na transição energética.

Na Refinaria Riograndense, uma biorefinaria no Rio Grande do Sul, a tecnologia da Petrobras está transformando eucalipto em combustível sustentável. Este avanço inovador, realizado através do coprocessamento de bio-óleo, está posicionando a refinaria como um líder na produção de combustíveis renováveis, destacando o pioneirismo do Brasil na transição energética.

Avanços Tecnológicos na Refinaria Riograndense

A Refinaria Riograndense, localizada no Rio Grande do Sul, tem se destacado por seus avanços tecnológicos no setor de refino, especialmente com o uso de bio-óleo derivado de eucalipto.

Este coprocessamento inovador foi possível graças à tecnologia desenvolvida pela Petrobras, que permite a mistura de 5% de bio-óleo com carga mineral na unidade de craqueamento catalítico (FCC).

O teste, realizado com sucesso, envolveu a adaptação da unidade de FCC para permitir o processamento simultâneo de bio-óleo e gasóleo de petróleo.

A utilização do catalisador ReNewFCC, produzido pela Fábrica Carioca de Catalisadores (FCC S.A.), foi crucial para viabilizar esta inovação.

Este catalisador é resultado de uma joint venture entre a Petrobras e a Ketjen, mostrando a importância de parcerias estratégicas para o desenvolvimento de novas tecnologias.

Além disso, o bio-óleo utilizado no teste foi fornecido pela Vallourec Unidade Florestal e possui certificação de sustentabilidade pelo International Sustainability and Carbon Certification (ISCC).

Este processo garante a obtenção do bio-óleo a partir da condensação de vapores gerados na produção de carvão vegetal de eucalipto, evitando a emissão de gases de efeito estufa.

Os resultados do coprocessamento foram promissores, com a conversão do bio-óleo em diversas frações como gás combustível, GLP e componentes para gasolina e combustível marítimo com conteúdo renovável.

Este avanço não só reforça o papel da Refinaria Riograndense como pioneira na produção de combustíveis renováveis, mas também destaca o potencial do Brasil em liderar a transição energética global.

Impacto Ambiental e Sustentabilidade

A utilização de bio-óleo de eucalipto, uma matéria-prima renovável, contribui significativamente para a redução das emissões de gases de efeito estufa, um dos principais objetivos na luta contra as mudanças climáticas.

O processo de obtenção do bio-óleo é certificado pelo International Sustainability and Carbon Certification (ISCC), assegurando que ele é produzido de forma sustentável.

Isso é alcançado pela condensação de vapores na produção de carvão vegetal, evitando a liberação de gases nocivos na atmosfera.

Desta forma, a produção de bio-óleo não apenas reduz a dependência de combustíveis fósseis, mas também minimiza o impacto ambiental associado à sua produção.

A tecnologia de coprocessamento desenvolvida pela Petrobras possibilita a integração do bio-óleo em processos de refino existentes, sem a necessidade de grandes investimentos adicionais em infraestrutura.

Isso representa um avanço significativo em termos de sustentabilidade econômica, pois maximiza o uso de recursos já disponíveis e promove uma transição energética mais eficiente.

Além disso, a produção de combustíveis renováveis a partir de bio-óleo na Refinaria Riograndense reforça o compromisso do Brasil com a transição energética global, posicionando o país como um líder na implementação de soluções sustentáveis no setor de energia.

Este projeto não apenas demonstra o potencial de inovação da indústria brasileira, mas também exemplifica como a tecnologia pode ser utilizada para promover práticas mais sustentáveis e ambientalmente responsáveis.

Marina Leal

Colunista no segmento Indústria e Tendências | Marina Leal é analista de mercado e especialista em tendências globais que impactam a indústria e a economia há mais de uma década.

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