Congelamento de fundos da USAID já impacta 50 países, diz OMS

O congelamento de fundos da USAID impacta programas de saúde em 50 países, levando a OMS a implementar medidas emergenciais para minimizar os efeitos negativos dessa situação.

Congelamento da USAID impacta gravemente programas de saúde em 50 países, segundo o diretor da OMS, Dr. Tedros Adhanom Ghebreyesus. A suspensão de fundos pelos Estados Unidos afeta tratamentos de HIV e serviços essenciais, gerando preocupações globais.

Impacto global do congelamento da USAID

O congelamento dos fundos da USAID tem consequências abrangentes e profundas em nível global. Programas essenciais de saúde, como os destinados ao combate do HIV, poliomielite, mpox e gripe aviária, estão entre os mais afetados.

Segundo o diretor da Organização Mundial da Saúde (OMS), Dr. Tedros Adhanom Ghebreyesus, a interrupção desses programas ameaça retroceder avanços significativos na saúde pública.

Em 50 países, tratamentos e serviços de saúde foram interrompidos, incluindo a suspensão do PEPFAR, o Plano de Emergência do Presidente para o Alívio da Aids, que é vital para o tratamento, teste e prevenção do HIV.

Clínicas foram fechadas e trabalhadores da saúde colocados em licença, exacerbando a crise de saúde em regiões já vulneráveis.

Especialistas em saúde global alertam que a suspensão dos fundos não só aumenta o risco de disseminação de doenças, como também atrasa o desenvolvimento de vacinas e novos tratamentos.

A falta de financiamento adequado pode resultar em um ressurgimento de doenças que estavam sob controle, colocando em risco a vida de milhões de pessoas ao redor do mundo.

Resposta da OMS ao corte de fundos

A Organização Mundial da Saúde (OMS) está tomando medidas emergenciais para mitigar os efeitos do corte de fundos da USAID.

Utilizando estratégias similares às empregadas durante a pandemia de Covid-19, a OMS busca preencher lacunas críticas em medicamentos e serviços essenciais, particularmente no tratamento antirretroviral para pessoas vivendo com HIV.

A OMS está coordenando esforços para compartilhar suprimentos vitais de medicamentos entre os países, embora reconheça que essa é uma solução temporária.

Meg Doherty, diretora dos programas globais de HIV, hepatites e infecções sexualmente transmissíveis da OMS, enfatizou a necessidade de uma solução de longo prazo para garantir a continuidade dos tratamentos e serviços de saúde.

O corte de fundos também afeta a capacidade da OMS de colaborar com países na resposta a ameaças globais à saúde. A organização está buscando apoio de nações parceiras para manter a continuidade dos programas de saúde e evitar um retrocesso nos avanços alcançados até agora.

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