A crioablação no tratamento do câncer de mama, testada na Unifesp, demonstrou 100% de eficácia em tumores com menos de 2 cm, oferecendo uma abordagem minimamente invasiva e acessível que pode revolucionar a oncologia.
A crioablação no tratamento do câncer de mama apresentou 100% de eficácia em testes iniciais realizados na Unifesp. A técnica, minimamente invasiva, utiliza nitrogênio líquido para destruir células cancerígenas e pode revolucionar o tratamento oncológico no Brasil.
Técnica inovadora de crioablação na Unifesp
A crioablação é uma técnica inovadora que está sendo testada para o tratamento do câncer de mama na Unifesp. Este procedimento, realizado pela primeira vez em uma instituição pública no Brasil, utiliza nitrogênio líquido para congelar e destruir as células cancerígenas de forma minimamente invasiva.
Durante os testes, a técnica foi aplicada na Unidade Diagnóstica do ambulatório de Mastologia do Hospital São Paulo. O processo envolve a inserção de uma agulha que injeta nitrogênio líquido a temperaturas extremamente baixas, formando uma esfera de gelo que destrói o tumor. O procedimento é rápido, indolor e pode ser realizado em ambulatório com anestesia local, o que elimina a necessidade de internação hospitalar.
Essa abordagem é parte de uma pesquisa de pós-doutorado da professora Vanessa Sanvido, que busca comprovar a eficácia e viabilidade do método. A expectativa é que, com a ampliação do uso, o custo do procedimento diminua, tornando-o acessível para o Sistema Único de Saúde (SUS) e beneficiando um maior número de pacientes.
Resultados promissores e futuro do tratamento
Os resultados promissores da crioablação no tratamento do câncer de mama na Unifesp indicam um futuro encorajador para essa técnica.
Nos testes iniciais, a eficácia foi de 100% para tumores menores que 2 cm, destacando o potencial do método como uma alternativa à cirurgia convencional.
O protocolo inicial envolveu a crioablação seguida de cirurgia, com cerca de 60 casos analisados.
A fase atual do estudo busca avaliar a possibilidade de substituir a cirurgia tradicional, comparando grupos que recebem apenas a crioablação com aqueles que passam por procedimentos cirúrgicos.
Mais de 700 pacientes participarão desta etapa em 15 centros de saúde do Estado de São Paulo.
Se comprovada a eficácia, a crioablação poderá revolucionar o tratamento oncológico, oferecendo uma opção menos invasiva e mais acessível.
A parceria com a KTR Medical e instituições renomadas, como o Hospital Israelita Albert Einstein e o HCor, fortalece a pesquisa e amplia as perspectivas de implementação no Sistema Único de Saúde (SUS).