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Desmatamento na Mata Atlântica cresce por atividades ilegais

O desmatamento na Mata Atlântica, causado por atividades econômicas ilegais, resultou na perda de mais de 186 mil hectares em dez anos, destacando a necessidade urgente de ações para preservar este importante bioma.

O desmatamento na Mata Atlântica aumentou devido a atividades econômicas ilegais, como pecuária e silvicultura. Um estudo recente, publicado na revista Nature Sustainability, analisou dados de satélites, destacando a perda de 186 mil hectares de florestas maduras entre 2010 e 2020.

Impacto das atividades econômicas ilegais

O impacto das atividades econômicas ilegais na Mata Atlântica é significativo e preocupante. A pecuária, a silvicultura para carvão e as plantações de soja são as principais responsáveis pela destruição de vastas áreas de floresta, conforme indica o estudo.

Essas práticas não apenas infringem leis ambientais, mas também resultam em perdas ecológicas irreparáveis. Entre 2010 e 2020, mais de 186 mil hectares de florestas maduras foram destruídos, o que equivale a aproximadamente 200 mil campos de futebol.

A maioria desses desmatamentos ocorreu em pequenas áreas de grandes propriedades privadas, muitas vezes sem a devida autorização legal. Além disso, a devastação contribui para o aumento das emissões de gases de efeito estufa, agravando o aquecimento global.

Os estados da Bahia, Minas Gerais, Paraná e Santa Catarina são os mais afetados, com a Bahia liderando as estatísticas de perda florestal. O plantio de eucalipto para a produção de carvão, por exemplo, é uma atividade econômica que tem causado grande impacto na região limítrofe entre Bahia e Minas Gerais.

Essa prática, além de ilegal, compromete a biodiversidade local e afeta a qualidade dos recursos hídricos, essenciais para a população.

Dados alarmantes do desmatamento

Os dados alarmantes do desmatamento na Mata Atlântica revelam uma situação crítica para a conservação deste importante bioma.

Entre 2010 e 2020, mais de 186 mil hectares de florestas maduras foram derrubados em 14 mil locais distintos, abrangendo desde a costa do Nordeste até o Sul do Brasil.

Este desmatamento equivale a uma área de cerca de 200 mil campos de futebol, conforme indica a Agência Brasil, destacando a gravidade da situação.

A pesquisa, publicada na revista Nature Sustainability, analisou padrões espaciais e temporais do desmatamento, considerando fatores como distribuição geográfica, tamanho das áreas afetadas e uso da terra após a devastação.

Os resultados indicam que a maior parte das perdas ocorreu em propriedades privadas, muitas vezes com indícios de ilegalidade.

Propostas para conter a devastação

Para conter a devastação da Mata Atlântica, os especialistas propõem uma série de medidas urgentes e eficazes. Entre as principais recomendações está a intensificação da aplicação da Lei da Mata Atlântica, que visa proteger e restaurar áreas degradadas do bioma.

Além disso, é fundamental investir na ampliação de áreas protegidas e na restauração de ecossistemas degradados, combinando esforços de conservação com o desenvolvimento sustentável.

O estudo destaca a necessidade de fortalecer os mecanismos de fiscalização ambiental, especialmente em propriedades privadas, onde grande parte do desmatamento ocorre. Incentivos econômicos para a conservação são essenciais para tornar a proteção ambiental viável, além de medidas baseadas em comando e punição.

Outro ponto crucial é o apoio às comunidades indígenas e quilombolas, que enfrentam desafios significativos devido ao desmatamento em suas terras.

A governança ambiental deve ser mais efetiva, oferecendo suporte a essas comunidades para que possam proteger suas áreas de forma sustentável.

A educação ambiental também é apontada como uma ferramenta importante para aumentar a conscientização sobre a importância da preservação da Mata Atlântica.

Rafael Lins

Colunista no segmento Tecnologia e Inovações | Rafael Lins é especialista em tecnologia e inovação, com formação em Ciência da Computação, Engenharia de Software e Engenharia Eletrônica. Sua missão é traduzir tendências tecnológicas em insights estratégicos para negócios e sociedade.

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