Saúde, Segurança e Meio Ambiente

Descubra 13 substâncias que podem frear o envelhecimento cerebral

Um estudo identificou 13 substâncias que podem ajudar a retardar o envelhecimento cerebral, destacando a importância de certos genes e medicamentos que podem ter efeitos benéficos na saúde cognitiva.

Pesquisadores de China e Israel identificaram 13 substâncias que podem frear o envelhecimento cerebral. O estudo, publicado na revista Science Advances, utilizou a “lacuna de idade cerebral” para analisar a diferença entre a idade cerebral prevista e a cronológica.

Genes influentes no envelhecimento cerebral

Uma análise detalhada do material genético de aproximadamente 39 mil indivíduos, com idade média de 64 anos, provenientes do banco de dados britânico Biobank, revelou insights sobre o envelhecimento cerebral.

Pesquisadores empregaram um modelo sofisticado de inteligência artificial, conhecido como 3D-ViT, para estimar a idade biológica do cérebro dos participantes, examinando padrões em ressonâncias magnéticas.

O modelo de IA identificou sinais de envelhecimento acelerado em duas regiões cerebrais de importância vital: o núcleo lentiforme, que desempenha um papel fundamental na cognição, atenção e memória, e o membro posterior da cápsula interna, crucial para o processamento da linguagem e do pensamento.

Embora a análise genética tenha identificado 64 genes que influenciam o envelhecimento cerebral, o estudo se concentrou em sete deles, notáveis por seu impacto significativo: MAPT, TNFSF12, GZMB, SIRPB1, GNLY, NMB e C1RL.

Medicamentos benéficos contra o envelhecimento

A partir da identificação dos sete genes predominantes, pesquisadores analisaram substâncias com potencial para reduzir seus efeitos.

Entre os compostos encontrados, destacam-se o colecalciferol, essencial para a saúde óssea e imunológica, e o dasatinibe, que além de tratar leucemia, pode contribuir para a renovação celular.

O estudo também apontou o diclofenaco e a hidrocortisona, conhecidos por suas propriedades anti-inflamatórias, e o doconexent e o resveratrol, que possuem ação antioxidante e auxiliam na proteção dos neurônios.

No equilíbrio hormonal, o estradiol e a prasterona podem desempenhar um papel relevante na preservação da cognição, enquanto a mecamilamina e a nicotina demonstraram influência sobre neurotransmissores.

A quercetina, por sua vez, contribui para a resistência celular ao estresse oxidativo, enquanto o sirolimus regula a resposta imunológica e a testosterona pode impactar o metabolismo e a função cerebral.

Apesar dos achados promissores, os cientistas alertam que o uso dessas substâncias deve ser feito apenas sob orientação médica.

Gabriele Noda

Colunista no segmento Saúde, Segurança e Meio Ambiente (SSMA) | Gabriele Noda é Supervisora de Customer Success e possui mais de 8 anos de experiência no mercado industrial, o que a capacita a traduzir dados científicos em análises acessíveis sobre saúde, segurança e meio ambiente.

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