Brasil prioriza Inteligência Artificial na Saúde durante presidência do Brics
Durante a presidência do Brics, o Brasil prioriza a Inteligência Artificial na Saúde, promovendo a cooperação entre os países membros e enfrentando desafios relacionados à infraestrutura e à segurança de dados.
A Inteligência Artificial na Saúde é uma prioridade para o Brasil na presidência do Brics em 2025. A proposta é desenvolver tecnologias e governança de dados para enfrentar desafios no acesso aos sistemas de saúde e identificar padrões complexos de doenças.
Uso da IA no Sistema Único de Saúde
O Sistema Único de Saúde (SUS) do Brasil tem sido um campo fértil para a aplicação da inteligência artificial, com o objetivo de melhorar a qualidade e eficiência dos serviços prestados à população. Desde 1990, o SUS oferece atendimento público e universal, realizando cerca de 2,8 bilhões de atendimentos anualmente.
Recentemente, o Ministério da Saúde criou a Secretaria de Informação e Saúde Digital do Brasil (Seidigi), que coordena a transformação digital do SUS. Essa secretaria tem como missão ampliar o acesso aos serviços de saúde, promover a integralidade e a continuidade do cuidado, utilizando tecnologias de ponta, como a inteligência artificial.
A aplicação da IA no SUS abrange desde a automação de processos administrativos até o suporte no diagnóstico médico. Por exemplo, sistemas de IA podem transcrever automaticamente sintomas relatados por pacientes e sugerir diagnósticos potenciais, auxiliando médicos na tomada de decisões mais informadas.
Além disso, a IA é utilizada na análise de grandes volumes de dados, permitindo a identificação de padrões em exames médicos, como eletrocardiogramas, que ajudam a detectar doenças precocemente. Essa capacidade de análise aprimorada é essencial para otimizar recursos, reduzir desigualdades e melhorar a capacidade de resposta a emergências sanitárias.
A iniciativa do Brasil em integrar IA no SUS destaca-se como uma contribuição valiosa para os debates no Brics, mostrando como a tecnologia pode ser aliada na busca por um sistema de saúde mais eficiente e inclusivo.
Desafios e cooperação entre países do Brics
A cooperação entre os países do Brics na área de saúde enfrenta desafios significativos, mas também oferece oportunidades únicas para o desenvolvimento conjunto. A diversidade de infraestruturas tecnológicas e estruturas regulatórias entre os membros do grupo é um dos principais obstáculos a serem superados.
Cada país do Brics possui diferentes níveis de maturidade tecnológica e capacidades de infraestrutura, o que exige esforços coordenados para garantir a interoperabilidade e a qualidade das bases de dados de saúde. Além disso, a proteção da privacidade e segurança das informações de saúde é uma preocupação central que precisa ser abordada de forma colaborativa.
Os países do Brics estão empenhados em superar esses desafios por meio do diálogo e da cooperação. Durante a presidência brasileira, o grupo discutirá padrões comuns para a coleta, armazenamento e compartilhamento de dados, promovendo diretrizes éticas e marcos regulatórios que assegurem transparência e inclusão no desenvolvimento tecnológico.
A colaboração também se concentra na promoção de pesquisas conjuntas
e na criação de plataformas de inovação que possam aprimorar a resposta sanitária global. A iniciativa enfatiza o uso da inteligência artificial na medicina de precisão, explorando dados genéticos e ambientais para personalizar tratamentos e aperfeiçoar estratégias de prevenção de doenças.
O compromisso do Brasil em fortalecer a saúde digital e a IA na saúde, em parceria com o setor privado, destaca-se como uma abordagem focada na inclusão, equidade e justiça social, oferecendo um modelo para outros países do Brics seguirem.