Saúde, Segurança e Meio Ambiente

Somente 10 países entregaram metas climáticas até 2035

Brasil, Reino Unido, Estados Unidos, Suíça, Nova Zelândia, Emirados Árabes Unidos, Andorra, Equador, Uruguai e Santa Lúcia foram os únicos países a entregar metas climáticas revisadas. O prazo final termina hoje (10).

Com o prazo final em 10 de fevereiro, apenas dez países apresentaram suas metas climáticas atualizadas para 2035. Este atraso reflete desafios políticos e negociações complexas, destacando a necessidade de liderança global em ações climáticas.

Países que entregaram as metas de redução de emissões

Em uma demonstração de comprometimento com a luta contra as mudanças climáticas, dez países apresentaram recentemente metas atualizadas para a redução das emissões de gases de efeito estufa.

Entre eles estão o Brasil, Reino Unido, Estados Unidos, Suíça, Nova Zelândia, Emirados Árabes Unidos, Andorra, Equador, Uruguai e Santa Lúcia, que foram os únicos a submeter novos compromissos.

Essas atualizações vêm em um momento crucial, com a comunidade internacional pressionando por ações mais incisivas para combater o aquecimento global.

Desafios na formulação de compromissos climáticos

A formulação de compromissos climáticos enfrenta uma série de desafios que complicam o cumprimento dos prazos estabelecidos. A complexidade das negociações interministeriais é um dos principais obstáculos, exigindo coordenação entre diferentes setores do governo e a inclusão do setor privado nas discussões.

Além disso, a necessidade de alinhar interesses locais e internacionais torna o processo ainda mais desafiador. Países precisam equilibrar suas políticas internas com as expectativas globais, o que muitas vezes resulta em atrasos e compromissos menos ambiciosos. A pressão para apresentar metas que atendam a acordos internacionais, como o Acordo de Paris, aumenta a complexidade das negociações.

Outro fator complicador é a falta de recursos e tecnologia para implementar as mudanças necessárias. Muitos países enfrentam dificuldades financeiras e tecnológicas que limitam sua capacidade de cumprir as metas propostas. Isso destaca a importância de apoio internacional e cooperação para superar esses desafios e avançar em direção a um futuro mais sustentável.

Impacto das mudanças de liderança política

As mudanças de liderança política afetam significativamente a continuidade e a eficácia dos compromissos climáticos.

Em um cenário global cada vez mais polarizado, as transições de governo podem interromper ou atrasar o desenvolvimento de planos ambientais concretos e duradouros. Em 2024, mais de 60 países passaram por mudanças de liderança, o que pode comprometer a implementação de metas climáticas de longo prazo.

Essas transições frequentemente resultam em alterações nas prioridades políticas, afetando o compromisso com as metas estabelecidas anteriormente. Novos líderes podem ter agendas diferentes, que nem sempre priorizam a ação climática, resultando em revisões ou adiamentos das metas climáticas.

Além disso, a instabilidade política pode desestimular investimentos em tecnologias verdes e energias renováveis, essenciais para alcançar as metas de redução de emissões. A falta de continuidade nas políticas climáticas dificulta a atração de investimentos de longo prazo, necessários para financiar a transição para uma economia de baixo carbono.

Renata Figueiredo Maciel

Colunista no segmento Saúde, Segurança e Meio Ambiente (SSMA) | Renata Figueiredo Maciel é jornalista ambiental e bióloga, especialista em sustentabilidade, conservação e impactos industriais, traduzindo dados científicos em análises acessíveis sobre meio ambiente e políticas públicas.

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