Fiocruz e Abrasco alertam contra pulverização de agrotóxicos com drones

A Fiocruz e a Abrasco alertam sobre os riscos à saúde da pulverização de agrotóxicos com drones, enfatizando a necessidade de alternativas sustentáveis, como a agroecologia e o Pronara, para mitigar esses impactos.

A Fiocruz e a Abrasco emitiram um alerta sobre os riscos da pulverização de agrotóxicos com drones, destacando evidências científicas dos impactos nocivos à saúde humana e biodiversidade. A prática, proibida no Ceará, volta a ser discutida.

Impactos da pulverização aérea na saúde

A pulverização aérea de agrotóxicos, especialmente quando realizada com drones, tem gerado preocupações significativas sobre a saúde pública.

Estudos apontam que essa prática pode levar a intoxicações agudas e crônicas, além de aumentar o risco de doenças graves como câncer e malformações congênitas.

No estado do Ceará, a pulverização aérea já foi associada a acidentes frequentes envolvendo comunidades tradicionais e crianças.

Esses incidentes destacam a vulnerabilidade de populações que vivem próximas a grandes empreendimentos agrícolas.

Dados da Comissão Pastoral da Terra revelam que, em 2024, a contaminação por agrotóxicos nas comunidades rurais aumentou quase dez vezes em comparação ao ano anterior.

Esse aumento alarmante é atribuído, em grande parte, ao uso de drones para a aplicação de agrotóxicos.

Além dos impactos diretos à saúde humana, a pulverização aérea afeta a biodiversidade, comprometendo ecossistemas inteiros.

A exposição contínua a esses produtos químicos resulta em desregulações endócrinas e outros agravos à saúde, conforme evidenciado por estudos científicos.

Alternativas sustentáveis para a agricultura

Para mitigar os riscos associados à pulverização de agrotóxicos, especialistas defendem a adoção de práticas agrícolas sustentáveis. Uma das principais propostas é a implementação do Programa Nacional de Redução de Agrotóxicos (Pronara), que visa diminuir o uso desses produtos e promover a agroecologia em diversos níveis.

A agroecologia oferece um caminho viável para uma agricultura mais saudável e sustentável, priorizando o uso de métodos naturais de controle de pragas e o fortalecimento da biodiversidade. Essa abordagem não apenas protege a saúde humana, mas também preserva o meio ambiente.

Além disso, políticas públicas que incentivam a pesquisa e o desenvolvimento de tecnologias limpas são cruciais. Investimentos em educação e capacitação de agricultores para práticas ecológicas podem acelerar a transição para sistemas agrícolas mais sustentáveis.

Frente à crise climática, é essencial que governos e comunidades adotem políticas que promovam a sustentabilidade e a segurança alimentar, garantindo a saúde das populações e a conservação dos recursos naturais a longo prazo.

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