OMS classifica síndrome de burnout como doença ocupacional no Brasil

A síndrome de burnout, reconhecida pela OMS como uma doença ocupacional no Brasil, evidencia a urgência de transformar as relações de trabalho e implementar uma gestão participativa para mitigar seus efeitos adversos na saúde dos trabalhadores.

A síndrome de burnout foi oficialmente reconhecida pela OMS como doença ocupacional no Brasil, destacando-se como uma questão de saúde pública. A inclusão na Classificação Internacional de Doenças reflete a gravidade do problema, que afeta cerca de 30% dos trabalhadores brasileiros.

Impactos do burnout na saúde dos trabalhadores

A síndrome de burnout afeta significativamente a saúde dos trabalhadores, manifestando-se por meio de diversos sintomas físicos e emocionais.

Entre os sinais mais comuns estão o esgotamento físico e mental, a dificuldade de concentração, irritabilidade e ansiedade.

Além desses, os trabalhadores acometidos pela síndrome podem experimentar alterações no sono, como insônia ou sonolência excessiva, além de dores de cabeça frequentes, tensão muscular e problemas gastrointestinais.

O desinteresse pelas atividades laborais e a perda de motivação são outros sinais preocupantes. Em casos mais graves, o burnout pode evoluir para depressão, isolamento social e até pensamentos suicidas.

A indiferença e o cinismo em relação ao trabalho são características que podem surgir, levando a uma perda de sentido na função exercida.

Esses sintomas não devem ser subestimados, pois indicam a necessidade de intervenção e suporte adequados.

Necessidade de novas relações de trabalho

A necessidade de novas relações de trabalho surge como uma solução para combater a síndrome de burnout entre os trabalhadores. A especialista Cláudia Osório destaca a importância de uma gestão mais participativa, onde os trabalhadores tenham voz ativa nas decisões que afetam seu ambiente de trabalho (Agência Gov).

Segundo Osório, é fundamental que as empresas promovam uma verdadeira participação dos trabalhadores, indo além de enquetes ou pesquisas de clima. A criação de coletivos fortes e a mudança nas normas de trabalho são passos essenciais para proteger a saúde mental dos funcionários.

Os sindicatos desempenham um papel crucial nesse cenário, lutando por melhores condições de trabalho e por serviços de apoio psicológico. Contudo, a transformação das relações de trabalho, com maior envolvimento e colaboração dos trabalhadores, é vista como uma estratégia mais eficaz para prevenir o burnout e melhorar o bem-estar no ambiente laboral.

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