Saúde, Segurança e Meio Ambiente

Vacina contra a dengue 100% nacional será produzida em larga escala em 2026

A vacina contra a dengue 100% nacional será produzida em larga escala a partir de 2026, com uma capacidade de 60 milhões de doses anuais, fortalecendo o SUS e reduzindo a dependência de importações, além de promover parcerias para inovações em saúde.

A vacina 100% nacional contra a dengue será produzida em larga escala a partir de 2026, com 60 milhões de doses anuais. A iniciativa visa fortalecer a indústria brasileira e o Sistema Único de Saúde, atendendo a população elegível pelo Programa Nacional de Imunizações.

Produção e Investimento da Vacina Nacional

A produção da vacina 100% nacional contra a dengue representa um marco significativo para a saúde pública brasileira.

Com previsão de início em 2026, serão fabricadas 60 milhões de doses anuais, com possibilidade de ampliação conforme a demanda e a capacidade produtiva.

Esse avanço é fruto de um investimento total de R$ 1,26 bilhão, com o apoio do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

O desenvolvimento da vacina foi um processo longo e complexo, envolvendo testes contra os quatro sorotipos do vírus da dengue.

A vacina é tetravalente e de dose única, o que facilita a imunização da população. A expectativa é que, em dois anos, toda a população elegível (dois e 59 anos) esteja vacinada, conforme as diretrizes do Programa Nacional de Imunizações (PNI).

Além disso, estão previstos R$ 68 milhões adicionais para estudos que visam ampliar a faixa etária abrangida pela vacina e avaliar a possibilidade de coadministração com a vacina contra a chikungunya.

Esses investimentos são estratégicos para reduzir a dependência do Brasil de importações no setor da saúde e aumentar a autonomia nacional na produção de imunizantes.

Parcerias Estratégicas para Inovações

O anúncio da produção da vacina nacional contra a dengue também trouxe à tona diversas parcerias estratégicas que visam impulsionar a inovação no setor de saúde no Brasil.

No evento, foram divulgadas três parcerias público-privadas destinadas a ampliar o acesso a novas tecnologias de saúde.

Uma das parcerias envolve a criação da primeira planta produtiva de Insumo Farmacêutico Ativo (IFA) de insulina na América Latina.

A produção nacional da insulina Glargina será realizada pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e pela Biomm, fortalecendo o Complexo Econômico-Industrial da Saúde (CEIS) e promovendo o desenvolvimento regional.

Outra colaboração visa a produção interna da vacina contra o Vírus Sincicial Respiratório (VSR), em uma parceria entre o Instituto Butantan e a Pfizer.

Essa vacina é crucial para proteger crianças de infecções respiratórias graves, como a bronquiolite, e está prevista para ser fornecida ao SUS a partir do segundo semestre de 2025.

Além disso, a parceria para o desenvolvimento da vacina Influenza H5N8 coloca o Brasil na vanguarda global para responder rapidamente a futuras emergências de saúde pública.

Essa vacina não será aplicada na população, mas servirá para preparar o país diante do risco de uma nova pandemia de gripe aviária.

Renata Figueiredo Maciel

Colunista no segmento Saúde, Segurança e Meio Ambiente (SSMA) | Renata Figueiredo Maciel é jornalista ambiental e bióloga, especialista em sustentabilidade, conservação e impactos industriais, traduzindo dados científicos em análises acessíveis sobre meio ambiente e políticas públicas.

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