Educação Superior no Brasil Triplica, Mas Desigualdade Persiste

Nos últimos 22 anos, a porcentagem de brasileiros com educação superior aumentou de 6,8% para 18,4%, segundo o Censo 2022, mas um terço da população ainda não completou o ensino fundamental. O Distrito Federal é o estado com melhor desempenho e o Maranhão com o pior.
O número de brasileiros com educação superior triplicou nos últimos 22 anos, segundo o Censo 2022. No entanto, um terço da população ainda não concluiu o ensino fundamental. As disparidades regionais permanecem, com o Nordeste apresentando a maior proporção de pessoas sem instrução adequada.
Crescimento da Educação Superior
O Censo 2022 revelou um salto significativo no número de brasileiros com diploma universitário nas últimas duas décadas.
Em 2000, apenas 6,8% da população com 25 anos ou mais havia concluído o ensino superior. Esse percentual saltou para 18,4% em 2022, evidenciando um avanço notável na educação superior do país.
Apesar do crescimento observado em todas as regiões, o Censo 2022 também expôs disparidades regionais gritantes.
O Centro-Oeste se destaca com a maior concentração de graduados, onde 21,8% da população adulta possui diploma universitário. Em contraste, o Nordeste apresenta a menor taxa, com apenas 13%.
O Distrito Federal lidera o ranking das unidades federativas com a maior proporção de graduados, alcançando 37%. São Paulo ocupa a segunda posição, com 23,3%, enquanto o Maranhão registra o menor percentual, com apenas 11,1%.
Desigualdades Regionais na Educação
As desigualdades regionais na educação no Brasil continuam a ser um desafio significativo, conforme revelado pelo Censo 2022. Apesar dos avanços no aumento do número de graduados, a distribuição desse progresso não é uniforme em todo o país.
A Região Nordeste, por exemplo, ainda enfrenta a maior proporção de pessoas sem instrução ou com o ensino fundamental incompleto, com 44,6% da população acima de 25 anos nessa condição. Isso contrasta fortemente com a Região Sudeste, onde apenas 30% da população está na mesma situação.
Essas disparidades são refletidas em estados como o Piauí, que registrou o maior percentual de pessoas sem instrução ou com ensino fundamental incompleto, atingindo 49,1%. Em contraste, o Distrito Federal apresentou o menor índice, com apenas 19,2% da população nesta categoria.
Além disso, mais da metade dos municípios brasileiros, totalizando 3.008, ainda possuem a maioria de sua população adulta sem o ensino fundamental completo.
Esses dados destacam a necessidade de políticas públicas eficazes que abordem as desigualdades educacionais e promovam uma distribuição mais equitativa do ensino de qualidade em todo o país.