A exportação de milho do Brasil para 2024/25 pode crescer 16%, mas enfrenta desafios devido à forte demanda interna nos setores de alimentos e etanol, que mantém os estoques baixos. A produção esperada é de 126 milhões de toneladas, dependendo do aumento na segunda safra.
A exportação de milho do Brasil para a safra 2024/25 enfrenta incertezas devido à forte demanda interna, impulsionada pelos setores de alimentos e etanol. Com estoques historicamente baixos, a expectativa de produção pode atingir 126 milhões de toneladas, mas depende do aumento do plantio da segunda safra.
Demanda Interna Forte Impacta Estoques
De acordo com dados publicados pelo Portal do Agronegócio, a demanda interna por milho no Brasil tem sido um fator crucial na manutenção de estoques baixos.
Os setores de alimentos e etanol são os principais responsáveis por essa alta demanda, com o consumo doméstico projetado para aumentar 3%, atingindo 87,5 milhões de toneladas.
Deste total, 64 milhões de toneladas serão destinadas à alimentação, representando um aumento de 1% em relação ao ciclo anterior.
Além disso, a produção de etanol a partir do milho deverá crescer significativamente, com um aumento de 20%, totalizando 20,9 milhões de toneladas.
Essa expansão no uso de milho para etanol reflete a busca por alternativas energéticas mais sustentáveis e tem pressionado ainda mais os estoques internos.
Com essas projeções, os estoques finais de milho no Brasil devem cair drasticamente, estimados em uma redução de 68%, para apenas 2,8 milhões de toneladas.
Essa situação destaca a necessidade de estratégias eficazes de gestão de estoque para garantir o equilíbrio entre oferta e demanda no mercado interno.
Projeções de Produção e Exportação
As projeções de produção de milho no Brasil para a safra 2024/25 indicam um crescimento significativo, com a área plantada estimada em 22,3 milhões de hectares, um aumento de 3,7% em relação ao ciclo anterior.
Espera-se que a produção alcance 126 milhões de toneladas, um incremento de 3,3%. Esse crescimento depende, em grande parte, do aumento no plantio da segunda safra, vital para atender tanto a demanda interna quanto as oportunidades de exportação.
Se a produção atingir as metas projetadas, o Brasil terá a capacidade de expandir suas exportações de milho. As estimativas apontam para um aumento de 16% nas exportações, alcançando 46 milhões de toneladas.
Este crescimento nas exportações será fundamental para equilibrar a balança comercial e aproveitar as oportunidades no mercado internacional, especialmente em um cenário de demanda crescente por grãos.
No entanto, a forte demanda interna e os baixos estoques podem limitar a capacidade de exportação, tornando essencial o monitoramento contínuo das condições de mercado e das políticas de exportação.
As condições climáticas e as práticas agrícolas também desempenharão um papel crucial na concretização dessas projeções.
