O Brasil está investindo R$ 112,9 bilhões na indústria de defesa por meio da Missão 6 da Nova Indústria Brasil, com o objetivo de desenvolver tecnologias críticas como satélites e radares, fortalecer a soberania nacional e aumentar as exportações, resultando em significativos avanços econômicos e tecnológicos.
O Brasil está prestes a transformar sua indústria de defesa com um investimento massivo de R$ 112,9 bilhões. Anunciado em um evento em Brasília, este montante visa fortalecer a soberania nacional em tecnologias estratégicas como radares e satélites. A Missão 6 da Nova Indústria Brasil (NIB) promete impulsionar a inovação e a competitividade internacional.
Metas da Missão 6 e Cadeias Prioritárias
A Missão 6 da Nova Indústria Brasil (NIB) estabelece metas ambiciosas para o fortalecimento da indústria de defesa no Brasil. Com o objetivo de aumentar o domínio sobre tecnologias críticas, a missão visa alcançar 55% de domínio até 2026 e 75% até 2033. Atualmente, o Brasil detém 42,7% dessas tecnologias, que são essenciais para a defesa nacional.
Essas metas foram definidas pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial (CNDI) e envolvem uma lista de 39 projetos estratégicos de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I) em colaboração com o Ministério da Defesa, Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, Finep e Agência Espacial Brasileira.
Para atingir esses objetivos, a Missão 6 focará em três cadeias produtivas prioritárias: satélites, veículos lançadores e radares. A escolha desses setores se baseia na existência de capacidades locais já estabelecidas, além do potencial para gerar exportações de alta intensidade tecnológica e criar empregos qualificados.
Impacto Econômico e Avanços Tecnológicos
O investimento de R$ 112,9 bilhões na indústria de defesa do Brasil promete gerar um impacto econômico significativo, impulsionando o crescimento e a inovação em setores estratégicos.
A Missão 6 da Nova Indústria Brasil (NIB) não apenas reforça a soberania nacional, mas também posiciona o Brasil como um player importante no cenário internacional de tecnologias de ponta.
Os investimentos incluem R$ 79,8 bilhões de recursos públicos e R$ 33,1 bilhões do setor privado, com foco em áreas como aeroespacial, defesa e nuclear. Projetos como o caça Gripen, o cargueiro KC-390 e os veículos hipersônicos são exemplos de como esses recursos estão sendo aplicados para desenvolver tecnologias avançadas.
Além disso, as exportações de produtos de defesa têm mostrado um crescimento expressivo. Em 2024, o Brasil exportou US$ 1,8 bilhão em produtos de defesa, um aumento de 22% em relação ao ano anterior. Esse crescimento não apenas fortalece a economia nacional, mas também demonstra a capacidade do Brasil em competir globalmente.
Os avanços tecnológicos decorrentes desses investimentos têm aplicações que vão além do setor de defesa. Tecnologias desenvolvidas para radares, satélites e foguetes podem ser adaptadas para uso em áreas civis, como comunicação e transporte, ampliando ainda mais o impacto econômico positivo e a inovação no país.
