Saúde, Segurança e Meio Ambiente

Trump assina ordem para retirada dos EUA do Acordo de Paris

A retirada dos EUA do Acordo de Paris sob a presidência de Trump teve um impacto negativo significativo na política climática global e interna, provocando reações internacionais e levantando preocupações sobre a capacidade de liderança dos EUA em questões ambientais.

O presidente Donald Trump assinou uma ordem executiva para retirar os Estados Unidos do Acordo de Paris, repetindo sua ação de 2017. A decisão afeta os esforços globais para combater as mudanças climáticas e distancia os EUA de seus aliados.

Impacto global da retirada dos EUA

A retirada dos Estados Unidos do Acordo de Paris gera preocupações significativas entre líderes globais e especialistas em meio ambiente.

O acordo, que é um marco na luta contra as mudanças climáticas, depende da cooperação internacional para ser eficaz.

Com os EUA, um dos maiores emissores de carbono do mundo, fora do acordo, há temores de que outros países possam seguir o mesmo caminho, enfraquecendo os esforços para limitar o aquecimento global a 1,5 grau Celsius acima dos níveis pré-industriais.

Além disso, a saída dos EUA pode impactar negativamente o financiamento de iniciativas climáticas em países em desenvolvimento, já que os EUA eram um dos principais contribuintes para o Fundo Verde para o Clima.

Especialistas alertam que a ausência de liderança dos EUA na política climática global pode atrasar o progresso em tecnologias de energia limpa, afetando economias e aumentando a vulnerabilidade a desastres climáticos.

Reações internacionais à decisão de Trump

A decisão de Donald Trump de retirar os Estados Unidos do Acordo de Paris gerou uma onda de reações internacionais.

Líderes de várias nações expressaram desapontamento e preocupação com o impacto dessa decisão nos esforços globais para combater as mudanças climáticas.

Laurence Tubiana, CEO da Fundação Europeia do Clima e uma das arquitetas do acordo, classificou a retirada como lamentável, mas destacou que a ação climática global é mais forte do que a política de qualquer país isolado.

Ela enfatizou a importância da continuidade dos esforços internacionais, independentemente das decisões dos EUA.

Nações europeias, em particular, reafirmaram seu compromisso com o acordo e prometeram intensificar suas ações para reduzir as emissões de carbono.

A União Europeia destacou que continuará a liderar a luta contra as mudanças climáticas, buscando parcerias com outras potências globais.

Além disso, a decisão de Trump foi vista como uma oportunidade para outros países, como a China, se posicionarem como líderes em tecnologia de energia limpa, aproveitando o vácuo deixado pelos EUA.

Histórico da participação dos EUA no Acordo de Paris

Os Estados Unidos têm um histórico complexo com o Acordo de Paris, que remonta à sua adoção em 2015. Inicialmente, sob a administração do presidente Barack Obama, os EUA foram signatários e desempenharam um papel crucial na formação do acordo, comprometendo-se a reduzir significativamente suas emissões de gases de efeito estufa.

Em 2017, o presidente Donald Trump anunciou a retirada dos EUA do acordo, alegando que ele prejudicava a economia americana e beneficiava outros países às custas dos contribuintes dos EUA. Essa decisão gerou críticas internacionais e preocupações sobre o impacto na liderança global dos EUA em questões climáticas.

Durante o mandato de Joe Biden, os EUA voltaram ao acordo em 2021, reafirmando seu compromisso com a redução das emissões e a liderança climática. No entanto, a recente decisão de Trump de novamente retirar o país do acordo pode impactar negativamente esses esforços e a credibilidade dos EUA em negociações climáticas futuras.

O histórico de idas e vindas dos EUA no Acordo de Paris destaca os desafios políticos internos e as divisões sobre a abordagem do país em relação às mudanças climáticas e à cooperação internacional.

Consequências para a política climática dos EUA

A retirada dos Estados Unidos do Acordo de Paris traz implicações significativas para a política climática interna do país.

Essa decisão pode enfraquecer os esforços para reduzir as emissões de gases de efeito estufa e comprometer o avanço em tecnologias de energia limpa.

Sem o compromisso do acordo, os EUA podem enfrentar dificuldades em implementar políticas eficazes de combate às mudanças climáticas, já que o acordo fornecia um quadro para ações coordenadas e metas claras para redução de emissões.

A ausência dos EUA no acordo também pode desincentivar investimentos em energias renováveis e tecnologias sustentáveis, impactando negativamente a indústria de energia limpa e a criação de empregos verdes no país.

Além disso, a decisão de se retirar do acordo pode isolar os EUA de parcerias internacionais em questões climáticas, reduzindo sua influência em negociações globais e potencialmente prejudicando sua posição como líder em inovação ambiental.

Renata Figueiredo Maciel

Colunista no segmento Saúde, Segurança e Meio Ambiente (SSMA) | Renata Figueiredo Maciel é jornalista ambiental e bióloga, especialista em sustentabilidade, conservação e impactos industriais, traduzindo dados científicos em análises acessíveis sobre meio ambiente e políticas públicas.

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