Saúde, Segurança e Meio Ambiente

Marinha e Petrobras ampliam monitoramento da Amazônia Azul

O uso de veículos autônomos para monitorar a Amazônia Azul aumenta a segurança da navegação, reduz custos operacionais e fortalece a autonomia técnico-científica do Brasil na gestão de suas águas.

A Marinha do Brasil e a Petrobras firmaram uma parceria para aprimorar o monitoramento meteoceanográfico da Amazônia Azul. Com o Projeto Rede de Modelagem e Observação Oceanográfica (Remo), a iniciativa visa aumentar a segurança e precisão em uma área de 5,7 milhões de quilômetros quadrados.

Impacto econômico e operacional do projeto

O impacto econômico do projeto de monitoramento da Amazônia Azul é significativo, reduzindo custos de operação em comparação com métodos tradicionais. A utilização de veículos autônomos representa cerca de 10% do custo de monitoramento realizado por embarcações tripuladas.

Essa economia reflete-se em uma gestão mais eficiente dos recursos financeiros, permitindo investimentos em outras áreas estratégicas.

Do ponto de vista operacional, a precisão dos dados coletados é aprimorada, reduzindo incertezas e melhorando a qualidade das informações disponíveis para a elaboração de cartas náuticas. Essa melhoria é crucial para garantir a segurança da navegação e a eficácia das operações navais.

Além disso, a rápida coleta e análise de dados possibilitam uma resposta ágil a incidentes ambientais, como derramamentos de óleo, minimizando seus impactos.

O projeto também fomenta a independência técnico-científica do Brasil, ao integrar dados com universidades e centros de pesquisa. Essa colaboração fortalece o desenvolvimento de tecnologias nacionais e a formação de especialistas na área, projetando o país como um líder em inovação marítima.

Uso de veículos autônomos para coleta de dados

O uso de veículos autônomos na coleta de dados representa um avanço significativo no monitoramento da Amazônia Azul. Esses veículos, como os modelos “Glider” e “Sailbuoy”, são capazes de operar em vastas extensões de água e em profundidades de até mil metros.

Equipados com sensores avançados, eles coletam informações sobre correntes marítimas, temperatura da água, condições meteorológicas, entre outros dados essenciais.

Com a capacidade de navegação remota, o “Sailbuoy” pode captar estatísticas contínuas sobre o mar, mesmo em condições adversas. Alimentado por baterias conectadas a módulos fotovoltaicos, ele desliza pela costa brasileira, operando com eficiência e sustentabilidade.

Além disso, a utilização de veículos autônomos não tripulados permite uma coleta de dados mais abrangente e precisa, contribuindo para o desenvolvimento de cartas náuticas mais seguras e para a mitigação de acidentes ambientais.

Essa tecnologia inovadora fortalece a capacidade de resposta a incidentes, como derramamentos de óleo, e apoia as operações navais com dados confiáveis e atualizados.

Renata Figueiredo Maciel

Colunista no segmento Saúde, Segurança e Meio Ambiente (SSMA) | Renata Figueiredo Maciel é jornalista ambiental e bióloga, especialista em sustentabilidade, conservação e impactos industriais, traduzindo dados científicos em análises acessíveis sobre meio ambiente e políticas públicas.

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