Clima extremo aumenta risco de fome na América Latina
O clima extremo na América Latina está comprometendo a segurança alimentar, o que exige ações coordenadas para combater a fome e fortalecer a resiliência agrícola na região.
O clima extremo ameaça a segurança alimentar na América Latina, expondo 74% dos países a eventos severos. A ONU alerta para os impactos negativos dessas condições climáticas na produção agrícola e nos preços dos alimentos.
ONU alerta sobre riscos de eventos extremos
Em um relatório recente, a ONU destacou que três quartos dos países da América Latina estão altamente expostos a eventos climáticos extremos. Essa exposição representa um risco significativo para a segurança alimentar na região, afetando milhões de pessoas. A frequência crescente desses eventos, como secas e inundações, compromete a produção agrícola e eleva os preços dos alimentos, agravando a insegurança alimentar.
O relatório, intitulado “Panorama da Segurança Alimentar e Nutrição na América Latina e no Caribe“, revela que 74% das nações analisadas enfrentam uma alta frequência de eventos climáticos severos. Além disso, 52% dos países são considerados vulneráveis, pois têm maior probabilidade de sofrer um aumento na subnutrição devido a essas condições adversas. A ONU enfatiza a necessidade de ações urgentes para mitigar os impactos desses fenômenos e proteger as populações mais afetadas.
Entre as recomendações, destaca-se a importância de melhorar as iniciativas de preparação e resposta a desastres, garantindo que as cadeias de abastecimento de alimentos sejam resilientes e eficazes. A ONU também sugere a implementação de políticas que promovam a adaptação ao clima, visando reduzir a vulnerabilidade das comunidades e fortalecer a segurança alimentar na região.
Impactos do clima na segurança alimentar
Os impactos do clima extremo na segurança alimentar são evidentes na América Latina. Eventos como secas prolongadas e inundações intensas afetam diretamente a produtividade agrícola, levando a uma redução na oferta de alimentos e a um aumento nos preços. Essa situação agrava a insegurança alimentar, especialmente entre as populações mais vulneráveis.
O relatório da ONU aponta que a alteração das cadeias de suprimento de alimentos é uma consequência direta dos eventos climáticos extremos. A logística de distribuição é comprometida, dificultando o acesso a alimentos frescos e nutritivos. Como resultado, muitas pessoas são forçadas a modificar seus hábitos alimentares, optando por produtos processados e de menor valor nutricional, o que compromete a saúde e a nutrição.
Além disso, a redução de renda entre aqueles cujos meios de subsistência dependem da agricultura intensifica o problema. Sem recursos suficientes, as famílias enfrentam dificuldades para adquirir alimentos de qualidade, aumentando a incidência de desnutrição e fome. A ONU ressalta a necessidade de políticas públicas que promovam a resiliência das comunidades agrícolas e garantam a segurança alimentar diante das mudanças climáticas.